A onicomicose é uma infecção que acomete a lâmina ungueal (unha), que apresenta como agente etiológico os fungos. O comprometimento pode ocorrer em apenas uma unha, ou em várias. Em pacientes com AIDS, por exemplo, é comum o acometimento de múltiplas unhas.
Esta afecção afeta aproximadamente 20% da população mundial adulta entre 40 a 60 anos de idade. É mais frequente em mulheres, devido ao hábito de frequentar manicures e pedicures. Raramente afeta crianças, talvez pelo rápido crescimento da unha, complicando o desenvolvimento do microrganismo.
Existem diferentes fontes de infecção, como o solo, animais, pessoas, alicates, tesouras, entre outros instrumentos utilizados na manicure e pedicure. As unhas mais comumente afetadas são as dos pés, em consequência do uso de sapatos fechados, o que propicia um ambiente ideal (umidade, temperatura e ausência de luz) para o desenvolvimento do agente.
Inicialmente, o acometimento pode ser subungueal (sob a unha), distal (nas extremidades) e/ou lateral e superficial. Todas essas formas podem vir a comprometer a unha por completo. Mais comumente, inicia-se na borda distal, levando a unha à opacidade, apresentando detritos córneos abaixo da placa ungueal.
Existem diversas formas de manifestação clínica desta afecção, dentre elas estão:
- Deslocamento da borda livre: esta é a forma mais freqüente. A unha se desprende do seu leito, normalmente começando pelo canto, ficando ôca. Pode ocorrer aglomeração de material sob a unha.
- Espessamento: as unhas ficam mais espessas, endurecidas e grossas. Pode estar associada à dor e apresentar aspecto de “unha em telha” ou “unha de gavião”.
- Leuconíquia: são manchas brancas na superfície da lâmina ungueal.
- Destruição e deformidades: a unha torna-se frágil, quebradiça, rompendo-se na parte anterior, ficando deformada.
- Paroníquia (unheiro): o contorno da unha inflama, ficando dolorida, inchada e avermelhada. O resultado disso é uma unha ondulada, que apresenta alterações em sua superfície.
O diagnóstico é feito por meio da identificação do fungo, que pode ser através de um exame direto, sem que seja necessário cultivo. As culturas são difíceis de serem obtidas e é empregada na elucidação da espécie. Não é recomendado realizar o tratamento sistêmico sem antes ter um exame micológico positivo. O diagnóstico diferencial importante deve ser feito com a psoríase.
O tratamento pode ser local (cremes, soluções ou esmaltes), sistêmico ou combinado. A escolha da terapêutica irá depender do quadro clínico apresentado pelo paciente. A melhora demora ser observada, devido ao lento crescimento das unhas; as unhas dos pés demoram até 12 meses para se renovar por completo, sendo que o tratamento deve ser mantido por todo esse período.
A prevenção é feito por meio de adoção de determinados hábitos higiênicos, como por exemplo, evitar a umidade nos pés por muito tempo. O uso de sapatos fechados que atrapalham a ventilação e o contato dos pés com chão de locais públicos, como banheiros, piscinas e saunas, também são fatores de risco.
Aconselha-se o uso de meias de algodão, pois estas absorvem melhor a umidade dos pés quando comparada com as meias de nylon, bem como a exposição dos calçados ao sol, pois os raios ultravioletas dificultam o desenvolvimento de fungos.
Fontes:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?306
https://web.archive.org/web/20160506043724/http://www.dermato.med.br:80/publicacoes/artigos/2000onicomicoses.htm
http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/onicomicose.shtml
https://web.archive.org/web/20190501031432/http://www.medicinageriatrica.com.br:80/2007/07/01/onicomicoses-micoses-das-unhas