A osteoartropatia hipertrófica (OH) trata-se de uma alteração sistêmica que afeta os ossos, articulações e tecidos moles, sendo, comumente, decorrente de outra desordem (secundária), na maior parte das vezes, intratorácica.
Grande parte dos casos de OH descritos na literatura médica está associado com carcinomas broncogênicos, outros tumores intratorácicos e doença de Hodgkin no mediastino. Embora seja raro que este transtorno surja sem que haja outra patologia de base, pode acontecer. Esta é a forma primária da doença, de herança autossômica dominante, que também é chamada de paquidermoperiostose, pois causa espessamento da pele da face, couro cabeludo, pés e mãos. Esta última forma corresponde a 3 a 5% dos casos de OH e pode ser auto-limitada, sendo findada com o término da adolescência.
Clinicamente, é possível observar:
- Baqueteamento digital das mãos e/ou pés;
- Neoformação óssea no periósteo, principalmente nas diáfises distais de ossos longos, levando à hipersensibilidade nesses locais;
- Oligo ou poliartrite;
- Aspereza facial, com pele grossa, enrugada e oleosa na região frontal;
- Curtis verticis gyrata;
- Seborreia;
- Pés de elefante;
- Dor, rigidez e edema das articulações quando há o acometimento das membranas sinoviais.
O diagnóstico pode ser alcançado por meio de exames imagiológicos, como radiografias, ressonância magnética e tomografia computadorizada. Os exames laboratoriais contribuem muito pouco para o fechamento do diagnóstico.
As manifestações articulares podem ser minimizadas utilizando-se AAS, outros anti-inflamatórios não esteroides, analgésicos opioides e corticoides. O tratamento visa principalmente eliminar a causa da OH. Nos casos de neoplasia, o tratamento cirúrgico, pode levar à melhora da dor e do edema dentro de horas após esse procedimento. A realização de quimioterapia e/ou radioterapia pode resultar em benefício gradativamente.
Fontes:
http://www.scielo.oces.mctes.