Osteogênese imperfeita

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Doenças genéticas
Ouça este artigo:
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!

A osteogênese imperfeita, também conhecida osteogenesis imperfeita, doença de Lobstein ou doença de Ekman-Lobstein, é uma doença que acomete os ossos e que antes era considerada de origem genética, afetando a produção de colágeno, que clinicamente é classificada em quatro tipos, para a qual não existe tratamento médico. No entanto, atualmente é compreendida como um conjunto de alterações genéticas, classificados em pelo menos oito formas diferentes e com crescentes perspectivas com relação ao tratamento.

O uso de técnicas para análise de DNA tem evidenciado a existência de pacientes que, mesmo diagnosticados com a osteogênese imperfeita, não apresentam mutações nos genes responsáveis pela produção do colágeno. Diante desse fato e de outros, essa enfermidade tem sido definida como “a doença dos ossos frágeis”, que pode ser considerada como secundária a qualquer outra condição conhecida.

Grande parte dos portadores dessa enfermidade costuma apresentar inúmeras fraturas, ossos que se curvam e outra duas características marcantes: a esclera (parte branco do olho) azulada e o rosto em formato aproximadamente triangular. Alguns indivíduos também apresentam dentes acinzentados e frágeis, além da ocorrência da dentinogênese imperfeita, e outros, aproximadamente 50% apresentam certa deficiência auditiva devido a problemas nos ossos presentes no ouvido; muitos pacientes também apresentam dificuldade para andar. Nas formas mais graves, há o perigo de sérias complicações de coração e de pulmões, em conseqüência das deformações da coluna e da caixa torácica.

Atualmente a classificação dos pacientes portadores desta doença é feita de acordo com os critérios de Sillence et al, da Austrália, publicados em 1979. Segundo essa classificação, os tipos são:

Por meio da utilização de critérios clínicos e histomorfométricos conseguiu-se subclassificar o tipo IV em pelo menos mais cinco tipos.

Durante muito tempo, o tratamento desta doença limitou-se às medidas conservadoras, com reduzida atividade física e eventuais correções cirúrgicas das deformidades, todavia, o procedimento cirúrgico nesses pacientes era complicado devido à fragilidade intrínseca dos ossos. Ultimamente, o uso de bifosfonatos mudou a qualidade de vida dos pacientes de osteogênese imperfeita, otimizando as possibilidades de tratamento cirúrgico significativamente.

Com relação à abordagem terapêutica ortopédica, existem três possíveis áreas de atuação:

Medidas de prevenção para a redução do número de fraturas. Tem sido utilizados programas de exercícios, como a hidroterapia.
Tratamento das fraturas, com o uso de gessados ou de braces.
Correção cirúrgica das deformidades, com a utilização de diversas técnicas e diferentes tipos de matérias de implantes para a estabilização esquelética.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Osteog%C3%A9nese_imperfeita
https://web.archive.org/web/20190711194343/https://www.aboi.org.br/
https://web.archive.org/web/20170202062935/http://www.aboi.org.br/OI_Novos-conceitos.pdf
https://web.archive.org/web/20150321165936/http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/114.pdf
http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/001573.htm

AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas nesta página devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!