O pioderma gangrenoso trata-se de uma rara desordem cutânea inflamatória, de etiologia ainda não elucidada, que foi descrita pela primeira vez na década de 1930, por Brunsting e colaboradores.
Esta moléstia faz parte do grupo de dermatoses neutrofílicas, que consiste em processos inflamatórios reativos. Todas as doenças desse grupo possuem em comum neutrofilia dérmica não infecciosa.
Embora a causa ainda não seja conhecida, acredita-se que o dano cutâneo presente nesta desordem seja imunomediado. A sugestão é de que a disfunção neutrofílica, nomeadamente defeito na quimiotaxia ou hiperreatividade, como possível causa.
Afeta com maior frequência mulheres jovens e aproximadamente 50% dos casos estão relacionados com outras patologias, em especial doenças inflamatórias intestinais (como doença de Crohn e retocolite ulcerativa inespecífica), poliartrites e desordens hematológicas.
As manifestações clínicas envolvem lesões pustulares, nodulares ou bolhosas, que com a evolução da doença evoluem para úlceras destrutivas, ligeiramente elevadas e de coloração violácea, apresentando centro necrótico, com sangue e pus. Costumam situar-se em membros inferiores e troncos.
Nos dias de hoje, são conhecidas quatro formas clínicas da doença:
- Ulcerativa;
- Pustulosa;
- Bolhosa;
- Vegetante.
O diagnóstico é feito por exclusão, já que o histopatológico é inespecífico e não existem marcadores sorológicos para identificar este transtorno.
O diagnóstico diferencial inclui estomatite aftosa, herpes simples, doença de Behçet, impetigo e síndrome de Churg-Strauss.
O tratamento não é específico e não há um consenso. Geralmente abrange o uso de antibióticos de amplo espectro, corticoides, fármacos imunossupressores e imunomoduladores, que devem ser utilizados em associação com analgésicos e antissépticos tópicos.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Piodermite_gangrenosa
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0482-50042009000300013&script=sci_arttext
http://dermatology-s10.cdlib.org/1507/reviews/pg/duarte.html