Polineuropatia é definida como um distúrbio simultâneo de diversos nervos periféricos no organismo todo. Pode ser aguda ou crônica, de desenvolvimento gradativo.
Existem diferentes etiologias para esse distúrbio, como:
- Infecções, em consequência de toxinas sintetizadas por bactérias ou uma reação auto-imune;
- Substâncias tóxicas podem levar à lesão de nervos periféricos, resultando em uma polineuropatia ou, menos frequentemente, uma mononeuropatia;
- Deficiências nutricionais e problemas metabólicos, como, por exemplo, escassez de vitamina B;
- Mau controle da glicemia em indivíduos diabéticos. A forma mais comumente encontrada de neuropatia diabética, conhecida como polineuropaita distal, gera uma sensação de formigamento ou queimação nas mãos e nos pés. O diabetes também pode levar à mononeuropatia ou mononeuropatia múltipla que causa fraqueza habitualmente de um olho e da musculatura da coxa.
Dentre as manifestações clínicas, as mais relevantes na polinuropatia crônica são o formigamento, a dormência, dor semelhante à de uma queimação e incapacidade de sentir vibrações ou a posição dos membros superiores, dos membros inferiores e das articulações. Geralmente, a sensação dolorosa intensifica-se durante a noite e pode tornar-se mais severa quando a área sensível é palpada ou quando há uma mudança de temperatura.
Uma vez que os pacientes com polineuropatia não percebem a temperatura e a dor, é comum que se queimem e se machuquem sem que percebam. Por não sentirem dor, estes pacientes também ficam sujeitos a sofrerem lesões articulares, pois a impossibilidade de percepção da posição das articulações resulta em uma instabilidade na marcha e até mesmo na posição em pé. Por fim, determinadas musculaturas podem enfraquecer e atrofiar. Alguns indivíduos com neuropatia periférica também possuem anormalidades no sistema nervoso autônomo, levando à conseqüente diarréia ou constipação, incapacidade de controlar a função intestinal ou vesical, impotência sexual e hipotensão ou hipertensão arterial. A pele fica pode ficar mais pálida e com sudorese em excesso.
O diagnóstico da polineuropatia crônica é obtido com facilidade através do quadro clínico apresentado pelo paciente. Certos exames como eletromiografia e exames de velocidade de condução podem fornecer dados complementares. Após a identificação da condição, sua causa deve ser elucidada. Quando a etiologia for de origem metabólica, exames de sangue podem auxiliar na revelação do problema. Já exames de urina evidenciam intoxicação por metais pesados ou um mieloma múltiplo.
O tratamento da polineuropatia vai depender da sua etiologia. Se esta condição for resultante de diabetes, o minucioso controle da glicemia pode impedir a evolução do processo e melhorar a sintomatologia. Contudo, a recuperação é vagarosa. A terapêutica do mieloma múltiplo e da insuficiência renal também podem levar a uma recuperação mais rápida. Já pacientes que apresentam comprometimento nervoso causado por uma compressão ou lesão podem precisar passar por uma cirurgia. Exercícios fisioterápicos podem ajudar na diminuição da intensidade da fraqueza e espasmos musculares.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Polineuropatia
http://www.fisionet.com.br/patologias/interna.asp?cod=309
https://web.archive.org/web/20110507001555/http://www.emglab.com.br:80/html/polineuropatias.htm