A ptiríase rosácea de Gibert trata-se de uma erupção cutânea comum, de causa ainda incerta, que afeta especialmente adolescentes e adultos jovens, sem preferência por sexo, que é mais prevalente em países de clima temperado.
Embora a causa ainda não tenha sido bem elucidada, foi levantada a hipótese de que o surgimento desta erupção esteja relacionado a presença de um vírus no organismo, o herpes vírus tipo 6 (HHV-6), uma vez que este tipo de ptiríase costuma surgir apenas uma vez, sugerindo que ocorra uma provável imunidade definitiva.
As erupções cutâneas habitualmente são assintomáticas. Pode haver prurido, que vai de leve a intenso. Infrequentemente, antes do surgimento das erupções, pode haver sintomas similares aos da gripe. Comumente aparecem como uma lesão maior, conhecida como “placa mãe” ou “medalhão inicial”, evoluindo, dentro de alguns dias, para manchas avermelhadas ou róseas, com o centro mais amarelado, nos membros e/ou tronco, que descamam. As manifestações clínicas geralmente duram de 4 a 8 semanas, havendo, após esse período, involução espontânea. Depois que as lesões desaparecem, a pele pode mudar de coloração no local afetado.
Exames laboratoriais podem ser feitos para excluir outras desordens que podem levar à sintomatologia semelhante, como a sífilis secundária, dermatofitose e viroses.
O tratamento inclui a hidratação da pele e uso de corticoides tópicos, visando aliviar o prurido. Exposição à luz solar também é uma opção que, aparentemente, surte efeito positivo em alguns pacientes. Raramente se faz necessário outros tipos de intervenções terapêuticas.
Fontes:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?354
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0365-05962008000500011&script=sci_arttext