A pupila dilatada fixa, também conhecida como síndrome de Urrets-Zavalia, refere-se a uma condição na qual há midríase irreversível, atrofia da íris e glaucoma precoce ou tardio.
Foi descrita pela primeira vez em 1936, por Urrets-Zavalia. O mesmo relatou seis casos de pacientes que desenvolveram pupila dilatada fixa com atrofia de íris após ceratoplastia lamelar penetrante para ceratocone. Nenhum paciente apresentou aumento da pressão intraocular no pós-operatório precoce.
A etiologia desta desordem não foi completamente elucidada. Alguns autores acreditam que o uso de midriático, particularmente atropina, no período pós-operatório pode desencadear esta condição. Já outros autores levantaram a hipótese de que o aumento da pressão intraocular e/ou o trauma cirúrgico possam ter significativa importância em sua etiopatogenia.
Estima-se que este transtorno afete entre 2,2% a 17,7% da população. Contudo, após a década de 80, uma menor quantidade de casos tem sido relatado, mesmo havendo um incremento nas séries de ceratoplastia lamelar penetrante para ceratocone. Talvez a redução da incidência seja resultado das melhorias nas técnicas operatórias.
Outros fatores que podem estar associados à pupila dilatada fixa incluem:
- Transplante de córnea por ceratocone;
- Iridectomia periférica com Argon;
- Iridoplastia periférica;
- Trabeculectomia;
- Catarata em alta miopia;
- Distrofias de córnea.
Não existe um tratamento eficaz para esta condição. Contudo, pode ser tentado o tratamento com pilocarpina 2%
Fontes:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-72802011000400009&script=sci_arttext
http://www.oftalmo.com/sco/revista-17/17sco19.htm
http://www.oftalmologia.org/rco/index.php?option=com_content&view=article&id=570:sindrome-de-urrets-zavalia&catid=21:glaucoma&Itemid=37
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/pupila-dilatada-fixa/