Retocolite Ulcerativa

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Doenças, Doenças digestivas
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A retocolite ulcerativa inespecífica é uma das afecções inflamatórias que afetam o intestino. Sua etiologia não é conhecida; porém sabe-se que fatores genéticos e auto-imunes estão ligados ao seu surgimento.

A inflamação causada por esta moléstia é superficial, crônica e abundante. Afeta unicamente a mucosa que recobre o intestino grosso e causa lesões contínuas nas regiões em que se manifesta. O que irá caracterizar a gravidade do quadro são a extensão das lesões e suas características.

A retocolite ulcerativa pode exibir manifestações extra-intestinais como dores nas articulações, eritema nodoso, pioderma gangrenoso e, com menos frequencia, alterações oculares e hepáticas.

Dentre as manifestações clínicas mais comumente presentes estão: diarréia, sangramento retal, dor abdominal, eliminação de muco juntamente às fezes e, ocasionalmente, pus, quando houver a presença de infecção. As crises de diarréia persistem por todo o dia e, após uma refeição, o reflexo para evacuar é extremamente forte. Deste modo, muitos portadores dessa moléstia preferem não comer e acabam perdendo peso.

O diagnóstico é estabelecido por meio de um conjunto de fatores, que engloba a avaliação da história clínica do paciente, exame de fezes, exame endoscópico e exame histopatológico.

O tratamento da retocolite ulcerativa visa eliminar a crise e manter o paciente em remissão. Para a terapêutica da forma clássica, recomenda-se o uso de sulfa e seus derivados. Quando esses fármacos não responderem positivamente, os corticóides são opções eficazes na forma aguda da doença. Já os pacientes que não respondem bem ao tratamento convencional e ficam dependentes dos corticosteróides, os imunossupressores são boa opção.

Embora a afecção seja mais comum em paciente que não fazem uso do tabaco, os médicos não devem influenciar os pacientes a fazerem uso do fumo. Também não foram observadas evidencias conclusivas de que o uso de nicotina seja útil no controle desta moléstia.

Fontes:
https://web.archive.org/web/20130102110833/http://drauziovarella.com.br:80/doencas-e-sintomas/retocolite-ulcerativa/
https://web.archive.org/web/20120526151403/http://dtr2001.saude.gov.br:80/sas/dsra/protocolos/do_r30_01.pdf
http://www.sbcp.org.br/pdfs/19_3/11.pdf
https://web.archive.org/web/20170418121732/https://www.tuasaude.com/retocolite-ulcerativa/

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