Rosácea

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Doenças
Ouça este artigo:
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!

A rosácea é uma doença cutânea crônica que se caracteriza por manchas eritematosas e vasculite, resultando em telangiectasias em peles oleosas. Pode também infeccionar e levar ao aparecimento de pústulas e abscessos, recebendo também, por esta razão, o nome “acne rosácea”.

Acomete mais comumente adultos após os 30 anos de idade, especialmente individuo do sexo feminino. Sua etiologia ainda é desconhecida. Aparentemente, o ácaro Demodex folliculorum, encontrado normalmente nos folículos pilo-sebáceos, está envolvido com a doença apenas de forma oportunista. Algumas características como predisposição pessoal e alterações gastrointestinais podem desempenhar algum papel na causa da doença.

Determinados alimentos podem agravar o quadro em alguns pacientes (café, bebidas alcoólicas, picles, pimenta e molhos quentes). Além disso, frio e calor intenso, bem como exposição solar, podem estar implicados no agravamento das lesões. Pele danificada devido à intensa exposição solar ao longo dos anos também pode predispor ao surgimento da rosácea.

Esta afecção acomete a pele centrofacial. Na fase pré-rosácea, há  o aparecimento de eritema discreto na face, que agrava-se com surtos de duração variável, aparecendo de forma espontânea ou pela ação de determinados fatores, como a luz solar, calor, frio, vento, álcool e alimentos quentes. Dentre de meses ou até mesmo anos, este eritema pode tornar-se permanente, com formação de telangiectasias.

Com menos freqüência, apenas telangiectasias podem estar presentes. O aspecto seborréico da pele é comum. Em diversos pacientes, pápulas e menos freqüentemente pústulas (acne rosácea) podem resultar em confusão com acne vulgar, no entanto, encontram-se ausentes os cravos e cicatrizes.

Dificilmente observam-se nódulos. Quando em grande número, as pápulas podem, eventualmente, formar placas granulomatosas, denominadas rosáceas lupóides. Em diversos pacientes, em especial do sexo masculino, a rosácea pode evoluir para rinofima, que é o espessamento irregular e lobulado da pele do nariz, principalmente, e dilatação folicular, podendo acometer outras regiões também como fronte, malares e pavilhões auriculares.

O diagnóstico normalmente é feito por meio do quadro clínico apresentado pelo paciente. Eventualmente, a biópsia de pele pode ser feita para descartar a possibilidade de outra doença que apresente quadro clínico semelhante.

Não existe tratamento curativo para a rosácea. O objetivo deste é  apenas controlar a doença. Fatores que provocam a sua exacerbação devem ser evitados, tais como o frio intenso, sol, alimentos anteriormente citados, caso seja percebida uma piora no quadro.

A medicação engloba o uso de antibióticos por via oral até se obter uma melhora, sendo que neste momento, a dose deve ser gradativamente reduzida. Caso haja piora das lesões, a medicação oral deve ser restituída.

As telangectasias podem ser esclerosadas por meio da fulguração ou laser. Quanto o rinofima, o tratamento é cirúrgico, podendo ser feito o uso da dermoabrasão, o laser de CO2 ou o shaving.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ros%C3%A1cea_(doen%C3%A7a)
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?370
http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/rosacea.shtml
http://rosacea.dermis.net/content/e01geninfo/e02pathogenesis/index_prt.html
http://www.manualmerck.net/?id=225&cn=1829

AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas nesta página devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!