Septicemia

Por Claudia de Carvalho Falci Bezerra

Mestre em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas (FIOCRUZ, 2011)
Graduada em Biologia (UGF-RJ, 1993)

Categorias: Doenças
Ouça este artigo:
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!

Bactérias, fungos e vírus podem invadir o corpo e causar infecção em determinadas partes. Quando a infecção foge ao controle e os agentes patogênicos se disseminam para todo o corpo pela corrente sanguínea, dizemos que está ocorrendo septicemia ou sepse, que pode levar à morte. As toxinas liberadas pelos micro-organismos estimulam as células do corpo a produzir substâncias que desencadeiam a inflamação. Essas substâncias são as citocinas. A sepse é mais comum em recém-nascidos e idosos, pois eles possuem o sistema imunológico mais frágil. Indivíduos tenham sofrido queimaduras graves ou que fazem uso de sonda vesical, tem maiores probabilidades de adquirirem sepse. A sepse grave é aquela que causa o mau funcionamento de órgãos e faz com que o fluxo sanguíneo fique inadequado para algumas partes do corpo.

Sintomas

Os sintomas dependem da gravidade da infecção. Se por um lado os sintomas podem demorar a se manifestar, por outro podem ser rápidos e levar o paciente ao coma em poucas horas. Os principais sintomas são: febre alta, fraqueza, enjoos, vômitos, diarreia, tremores, arrepios, taquicardia, frequência cardíaca alta, calafrios, alteração do nível de consciência, convulsões, alterações da circulação periférica, manifestações cutâneas, diminuição da quantidade de urina e hipoglicemia (nível baixo de açúcar no sangue). Se o paciente estiver com alguma infecção e esses sintomas surgirem, é recomendado se dirigir ao médico para se confirmar se é ou não sepse e iniciar o tratamento. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores serão as chances de sucesso, evitando a falência dos órgãos internos, coma e consequente morte.

Diagnóstico

Raios x e tomografia são utilizados para o diagnóstico inicial. Punção lombar e a análise de sangue e urina complementam o diagnóstico. Culturas do sangue e da urina são utilizadas para se identificar o micro-organismo e facilitar o tratamento. Exames de sangue periódicos são realizados para acompanhar a evolução da infecção.

Tratamento

O tratamento deve ser realizado no hospital (normalmente em UTI – Unidade de Terapia Intensiva), para receber antibióticos diretamente na veia. Vasopressores são utilizados para aumentar a pressão arterial e a insulina é ministrada para restaurar os níveis normais de glicemia. Pode ser administrado oxigênio para ajudar na respiração. O tempo médio de internação é de 10 dias, mas esse tempo pode variar dependendo da gravidade da infecção.

Prevenção

A melhor forma de se prevenir da sepse é combater qualquer infecção que apareça. Outra medida de prevenção é a vacinação das crianças para evitar infecções.

Bibliografia:

https://www.tuasaude.com/septicemia/

http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/300455/septicemia+o+que+e+como+evolui.htm

http://pt.healthline.com/health/septicemia-0

http://www.merckmanuals.com/pt-us/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/bacteremia,-sepse-e-choque-s%C3%A9ptico/sepse,-sepse-grave-e-choque-s%C3%A9ptico

AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas nesta página devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!