A sialolitíase refere-se à formação de pedras (cálculos) nas glândulas salivares, também conhecidas como sialolitos.
Estas pedras podem formar-se quando a concentração de cálcio salivar encontra-se aumentado. Outro fator que auxilia na formação dos sialolitos é o acúmulo de restos alimentares e bactérias naturalmente encontradas na cavidade oral que migram para o ducto salivar, obstruindo-o, favorecendo o processo de formação desses cálculos, uma vez que impedem a passagem da saliva pelo ducto salivar, resultando nos episódios de inchaço (edema). Esta patologia afeta duas vezes mais os homens, que se encontram na faixa etária entre 30 a 50 anos.
Os sialolitos podem variar em tamanho, indo desde um grão de milho até um caroço de azeitona. Normalmente apresentam formato arredondado, oval ou alongado, afetando, em especial, os três pares de glândulas salivares principais ou maiores, que são: parótidas, submandibulares e sublinguais; todavia, podem acometer também as denominadas glândulas menores, encontradas por toda a cavidade oral. As pedras nas glândulas submandibulares representam 85% dos casos, uma vez que esta apresenta ducto longo, sinuoso e com calibre menor que o ducto da glândula parótida, por exemplo. Deste modo, a ação da força da gravidade beneficia a formação dos sialolitos durante o trajeto angulado e sinuoso que a saliva percorre.
O quadro clínico dessa patologia costuma caracterizar-ser por dor abrupta associada com aumento de volume na região mandibular durante ou perto do momento do ato alimentar, quando a síntese de saliva encontra-se no seu ápice e o fluxo salivar é empurrado contra a obstrução glandular. Por conseguinte, ocorre redução do edema, porém o aumento do volume surge repentinamente sempre que há a estimulação do fluxo salivar. Há uma evidente diminuição da produção de saliva e, através da palpação intrabucal, o cirurgião dentista consegue avaliar o cálculo com relação ao seu tamanho e sua localização no ducto salivar.
O diagnóstico é obtido por meio do histórico do paciente, quadro clínico, exame físico, com confirmação através de exames de imagem, como radiografias, ultra-sonografias, tomografia computadorizada e ressonância magnética. O método de diagnóstico mais comumente usado é a radiografia com pouca radiação, pois mostram claramente a natureza mineral do processo.
O tratamento dos sialolitos irá depender de alguns fatores, como a duração dos sintomas, do número de repetições dos episódios, do tamanho e da localização do cálculo. O especialista indicado para tratar esta afecção é o cirurgião dentista bucomaxilofacial. O tratamento consiste desde uma simples estimulação glandular utilizando substância cítrica, massagem (“ordenha”) e hidratação, visando tornar mais fácil a excreção, ou, nos casos de sialolitos de grandes dimensões, a retirada por meio de procedimento cirúrgico. Antibióticos são habitualmente receitados, devido ao potencial bacteriano do processo.
Fontes:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?696
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sialolit%C3%ADase
http://www.apcdaracatuba.com.br/revista/volume_27_01_jan-jun_2006/PDFs/SIALOTIASE%20EM%20DUCTO.pdf
https://web.archive.org/web/20100113211309/http://www.fenelon.com.br:80/htmls/artigos.asp?id=60