A síndrome da ansiedade esquiva, também conhecida como transtorno da ansiedade esquiva, ou ainda transtorno da personalidade ansiosa, refere-se a um transtorno de personalidade, que leva os seus portadores a evitar contatos sociais e qualquer situação que possa causar embaraço ou ansiedade.
Indivíduos que apresentam este distúrbio habitualmente se consideram socialmente inaptos ou desagradáveis, procurando evitar a interação social com medo de serem ridicularizados, rejeitados ou humilhados.
Este transtorno costuma ser observado pela primeira vez no início da vida adulta, embora também possa surgir durante a infância. Indivíduos que sofrem de negligência emocional ou rejeição por grupos nesse período, ficam mais susceptíveis a desenvolverem a síndrome da ansiedade esquiva.
Desde o início do século XX, esta síndrome tem sido descrita em diversas fontes, embora não tenha sido chamanda pelo nome atual por algum tempo. No ano de 1926, o psiquiatra suíço Eugen Bleuler discorreu sobre casos de pacientes que apresentavam sinais da síndrome da ansiedade esquiva, no relato intitulado “Demência Precoce: ou o Grupo das Esquizofrenias”.
Não se sabe exatamente qual é a causa deste transtorno. Contudo, a combinação de alguns fatores pode influenciar o surgimento desta síndrome, como fatores genéticos, sociais e psicológicos.
Estima-se que este distúrbio afete entre 0,5 a 1% da população em geral, predominando em aproximadamente 10% dos pacientes psiquiátricos ambulatoriais.
As manifestações clínicas desta síndrome envolvem:
- Demasiada sensibilidade a críticas e rejeição;
- Isolamento social auto-imposto;
- Exacerbada timidez ou ansiedade em situações que envolvem interação social;
- Evitar contato físico, pois este está associado a um estímulo desagradável ou doloroso;
- Sentimentos de inadequação;
- Extrema baixa auto-estima;
- Auto-aversão;
- Desconfiança constante das outras pessoas;
- Distanciamento emocional;
- Auto-crítica;
- Sentimento de inferioridade;
- Agorafobia (em casos mais severos);
- Uso da fantasia para escapar da realidade.
- O diagnóstico é feito com base no histórico e manifestações clínicas apresentadas pelo paciente.
O tratamento pode envolver terapia cognitiva, treinamento de habilidades sociais, tratamento de exposição gradual, terapia de grupo e, algumas vezes, tratamento medicamentoso.
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Avoidant_personality_disorder
http://www.anxietyhelp.org/information/avpd_vs_sad.html