Síndrome da banda amniótica

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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A síndrome da banda amniótica, também conhecida como sequência da banda amniótica ou bandas de constrição congênita, consiste em uma rara patologia congênita ocasionada pelo aprisionamento de partes do feto por anéis fibrosos do saco amniótico no útero.

O desenvolvimento do feto ocorre dentro do saco amniótico que é composto por duas camadas: a mais externa que se encontra revestindo o útero, denominada córion, e a mais interna, que está mais próxima ao feto, conhecida como âmnio. No interior desse saco, o feto encontra-se flutuando no líquido amniótico.

Acredita-se que a síndrome da banda amniótica ocorre quando o âmnio sofre alguma ruptura, sem causar prejuízos ao córion (ruptura parcial), e bandas fibrosas passam a flutua no líquido amniótico junto com o feto, podendo levar ao aprisionamento de parte do feto, como braços, pernas, dedos, dentre outras. Subsequentemente, haverá o crescimento fetal, mas das bandas não, concebendo, deste modo, as constrições. Esta última leva à redução da circulação sanguínea, resultando em anomalias congênitas.

As consequências das constrições incluem:

  • Anéis de constrição ao redor dos dígitos, braços e pernas;
  • Linfedema congênito (edemaciação das extremidades distal até o local de constrição);
  • Amputação congênita de dígitos, braços e pernas;
  • Deformidades do pescoço ou da face, como lábio leporino e fenda palatina.

Caso as bandas amnióticas envolvam regiões vitais para a sobrevivência do feto, como o cordão umbilical, pode ser fatal para o mesmo.

Estima-se que esta síndrome acometa aproximadamente 1 em cada 1200 nascidos vivos. Acredita-se também que a mesma seja responsável por ocasionar de 178 a cada 10000 abortos. Acredita-se que a causa desta condição é acidental, pois aparentemente não há fatores genético ou hereditário envolvidos.

Muitas vezes, esta condição não é detectada antes do nascimento, uma vez que as bandas são delgadas e difíceis de serem identificadas por meio da ultrassonografia. Em alguns casos, as bandas são identificadas indiretamente, em decorrência das constrições e inchaços dos membros ou dígitos. Desta forma, caso seja identificado qualquer sinal de banda amniótica, exames ultra-sonográficos mais detalhados devem ser realizados.

O tratamento é realizado após o nascimento, sendo que em casos de deformidades realiza-se cirurgia plástica reconstrutiva. Fisioterapia e terapia ocupacional podem ser necessárias em longo prazo.

Mais raramente, quando o diagnóstico é feito ainda no útero, a cirurgia fetal pode ser uma opção para tentar preservar um membro que está correndo perigo de amputação ou deformidade. Contudo, este procedimento habitualmente não é realizado caso partes vitais não seja afetadas, como, por exemplo, o cordão umbilical.

Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Amniotic_band_syndrome
http://fetus.ucsfmedicalcenter.org/amniotic/

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