A síndrome da transfusão intergemelar, também denominada transfusão entre gêmeos, transfusão feto-feto, transfusão gemelo-gemelar ou síndrome transfusor-transfundido, trata-se de uma condição na qual o sangue passa de forma desigual entre gêmeos idênticos que compartilham uma placenta (monocoriônicos).
No interior da placenta compartilhada, há vasos sanguíneos que ligam o fornecimento de sangue entre ambos os fetos, permitindo que o sangue flua entre os gêmeos.
Entre 10 a 20% das gestações gemelares em que há compartilhamento de placenta, o fluxo sanguíneo torna-se desequilibrado, resultando nesta condição.
Nesta síndrome há o bombeamento de sangue do menor feto (doador) para o maior feto (receptor), fazendo com que este receba muito mais sangue do que aquele. Desta forma, o feto receptor, que recebe mais sangue, produz mais urina, podendo resultar em uma bexiga maior, excesso de líquido amniótico (polidrâmnio) e hidropsia, uma forma pré-natal de insuficiência cardíaca. Sendo assim, a escassez ou o excesso de sangue pode levar à morte de ambos os fetos ou ao parto prematuro.
É de extrema importância que o médico que está acompanhando gestações monocoriônicas fique atento à presença de excesso de líquido no saco amniótico de um dos fetos e redução desse líquido no saco amniótico do outro, durante os exames ultrassonográficos.
Na ausência de tratamento, as chances de sobrevivência são de apenas 10%, sendo que com o tratamento, as chances aumentam para 80%.
Atualmente, são realizadas duas formas de tratamento:
- Amniodrenagem seriada: remoção do líquido amniótico que está sendo produzido em excesso pelo feto receptor.
- Fetoscopia com coagulação a laser dos vasos placentários, sendo esta forma de tratamento considerada, desde 2004, o tratamento de eleição.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_da_transfus%C3%A3o_intergemelar
http://www.cincinnatichildrens.org/service/f/fetal-care/conditions/ttts/default/