A síndrome de abstinência de nicotina, também chamada de síndrome de abstinência do fumo, trata-se da suspensão do uso do cigarro. Trata-se de uma intensa resposta do organismo à ausência de nicotina, que está acostumado a receber todos os dias. Esta reação é uma readaptação natural do organismo a novos hábitos de vida.
A síndrome costuma durar de 4 a 6 semanas, porém isso não é uma regra, variando de indivíduo para indivíduo. Além disso, não significa que todos que suspendem o uso de nicotina apresentem algum sintoma.
As manifestações clínicas desta síndrome incluem:
- Ansiedade;
- Inquietação;
- Tristeza;
- Irritabilidade;
- Distúrbios do sono;
- Falta de concentração;
- Sudorese;
- Cefaleia;
- Alterações do fluxo intestinal;
- Tontura.
Além da dependência química pela nicotina, esta substância também exerce efeitos na modulação do humor, redução do estresse, redução da dor, controle de peso e melhora cognitiva. Os sintomas presentes durante a crise de abstinência são a causa de recaída dos indivíduos que tentam largar o fumo, pois a dependência de nicotina é uma doença crônica incurável. O cérebro do fumante nunca mais retorna ao estado original.
Existem diversos tratamentos farmacológicos que auxiliam o indivíduo na luta contra a nicotina, incluindo:
- Bupropiona;
- Terapia de reposição de nicotina;
- Varenecline, nortriptilina e clonidina.
Em média, após seis meses sem a nicotina, a maior parte dos ex-fumantes conseguem passar um dia ou outro sem pensar no cigarro. O cérebro começa a ficar livre da dependência. Contudo, o indivíduo precisa se policiar para o resto da vida, pois a doença é traiçoeira e recidivante.
Fontes:
http://www2.uol.com.br/