A síndrome de Asherman, também denominada sinéquias uterinas ou adesões intrauterinas, consiste em uma desordem na qual há destruição do endométrio precedida por formação de sinéquias (aderências fibrosas) na parede uterina, levando à amenorreia.
São diversas as causas da destruição do endométrio, incluindo:
- Radioterapia;
- Uso de substâncias cáusticas na parede do útero visando anticoncepção;
- Curetagens uterinas constantes ou realizadas prematuramente;
- Miomectomias;
- Histerotomias;
- Remoção da placenta aderida de forma errônea à parede do útero.
Além da amenorreia, as outras manifestações clínicas que podem ser observadas são recorrentes abortos espontâneos e infertilidade.
O diagnóstico pode ser feito por meio da anamnese, juntamente com a visualização direta do útero, comumente através da histeroscopia. Além disso, outros métodos também podem ser utilizados, como histerossonografia e histerossalpingografia.
O tratamento é feito por meio do debridamento cirúrgico das sinéquias uterinas (através de curetagem ou histeroscopia), em associação com a implantação de dispositivo intra-uterino (DIU) e hormonioterapia (estrógenos). Caso haja uma infecção secundária no local, deve-se entrar com antibioticoterapia.
Geralmente as mulheres respondem positivamente ao tratamento cirúrgico, podendo vir a sustentar uma gravidez sem problemas, caso não tenham ficado estéreis em decorrência da síndrome. Contudo, mulheres que apresentam um endométrio muito fino costumam não apresentar resultados satisfatórios após o procedimento cirúrgico.
Fontes:
http://www.medcenter.com/medscape/content.aspx?id=529&langtype=1046
http://www.ashermans.org/Spanish/
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/sindrome-de-asherman/