Síndrome de Brugada

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Doenças cardiovasculares, Doenças genéticas, Síndromes
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A síndrome de Brugada é definida como uma arritmia cardíaca genética, de caráter autossômico dominante, que predispõe a arritmias ventriculares que podem levar à morte.

Foi descrita pela primeira vez pelos irmãos Brugada, no ano de 1992. Sabe-se que aproximadamente 30% dos casos, esta desordem está relacionada com alterações no gene SCN5A.

É mais comumente observada em indivíduos do sexo masculino, sendo, em países que apresentam alta prevalência desta síndrome, a segunda maior responsável pela morte de homens com menos de 40 anos.

O padrão eletrocardiográfico característico desta síndrome possui um padrão similar de condução pelo ramo direito, relacionado com a elevação do segmento ST e a inversão da onda T em derivações pré-cordiais direitas. Esse é o padrão tipo I. Além desse, há também outros dois padrões, o tipo II e o tipo III, que conferem menor risco ao paciente, não conferindo diagnóstico, mas necessitando de uma melhor investigação.

Pacientes que apresentam padrão eletrocardiográfico dos dois tipos clinicamente menos importantes (II e III) podem, de forma passageira, apresentar o padrão clinicamente mais significativo, o tipo I. Essa transitoriedade pode ser precipitada por uma febre, medicamentos arrítmicos, ou até mesmo pode ser espontâneo, trata-se de uma característica da síndrome.

Como a arritmia leva a um mau funcionamento ventricular, o sangue circula pelo organismo de forma ineficiente, podendo fazer com que o paciente apresente tontura, dispneia, sensação de desmaio e até mesmo desmaio e morte dentro de poucos minutos, caso o coração não seja restabelecido.

O diagnóstico confirmatório necessita que seja observado o padrão eletrocardiográfico tipo I, independente de ser espontâneo ou precipitado por algum outro fator.

O tratamento é feito utilizando-se fármacos antiarrítmicos e o desfibrilador automático implantável (CDI), sendo este último a única forma eficaz de tratar os portadores desta síndrome.

Fontes:
http://brugada.wordpress.com/sindrome-de-brugada/
http://www.sbc-sc.org.br/conteudos.php?id=174&acao=detalhes

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