A síndrome de Mallory-Weiss refere-se ao sangramento decorrente de lacerações da mucosa (laceração de Mallory-Weiss) da junção do esôfago e estômago, tipicamente resultante de um esforço ao tossir ou vomitar.
Foi descrita primeiramente por G. Kenneth Mallory e Soma Weiss, no ano de 1929, em pacientes alcoólatras. Estima-se que afete 4 em cada 100.000 indivíduos, com maior incidência em homens do que em mulheres. Também é frequente em pacientes que apresentam distúrbios alimentares. Além disso, há evidencias que apontam que a existência de hérnia de hiato é um fator predisponente.
Clinicamente, observa-se presença de sangue após um episódio de vômito (hematemese) após diversas tentativas de vomitar ou de vômitos produtivos, porém também pode ser observado sangue nas fezes (melena), sem que haja histórico de vômito.
O diagnóstico confirmatório é estabelecido por meio de exame endoscópico, capaz de apontar a lesão característica desta síndrome. Além disso, exames de sangue, teste de coagulação e estabelecimento dos níveis de ureia, creatina e eletrólitos podem ser úteis para o diagnóstico deste transtorno.
É comum que a hemorragia desapareça dentro de 24 a 48 horas. No entanto, caso a hemorragia não seja estancada espontaneamente, algumas medidas podem ser adotadas, como:
- Uso de adrenalina intravenosa;
- Cauterização dos vasos sanguíneos;
- Administração intravenosa de vasopressina;
- Ligadura endoscópica;
- Pressão de Clipping.
O uso de certos fármacos também pode ser útil, como antiácidos, anti-histamínicos e antieméticos. Raramente esta condição é fatal.
Fontes:
http://pozemedicale.org/
http://es.wikipedia.org/wiki/
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/sindrome-de-mallory-weiss/