A síndrome de Takotsubo, também chamada de cardiomiopatia induzida por estresse, cardiomiopatia de Takotsubo, ou ainda, síndrome do coração partido, trata-se de uma desordem transitória e segmentar do ventrículo esquerdo, na ausência de coronariopatia obstrutiva.
Esta síndrome foi descrita pela primeira vez por pesquisadores japoneses no início do da década de 1990. O nome takotsubo significa “pote de pesca japonês para capturar polvo”.
Acomete com maior frequência indivíduos do sexo feminino (aproximadamente 95% dos casos), especialmente que se encontram no período pós-menopausa, com idade média entre 60 a 80 anos.
Foi definida pela American Heart Association como uma cardiomiopatia adquirida primária e é responsável por 1% a 2% dos casos de síndrome coronariana aguda.
Existem alguns fatores que precipitam a síndrome. Dentre eles estão os estresses físico e emocional.
Tipicamente, um indivíduo com este tipo de cardiomiopatia apresenta um início súbito de insuficiência cardíaca congestiva juntamente com alterações no eletrocardiograma que sugerem infarto do miocárdio. Outras manifestações clínicas que o paciente com esta afecção pode apresentar são: precordialgia e/ou dispneia; síncopes; arritmias; edema agudo de pulmão e/ou choque cardiogênico.
Atualmente, os critérios mais aceitos para o diagnóstico desta síndrome são os seguintes:
- Hipocinesia, acinesia ou discinesia transitória de segmentos médios do ventrículo esquerdo, com ou sem comprometimento apical;
- Ausência de patologia arterial coronária ou de indícios de ruptura aguda de placa;
- Novas alterações no eletrocardiograma ou discreta elevação da tropina;
- Ausência de feocromocitoma ou da miocardite.
O tratamento desta síndrome habitualmente é de suporte. Embora a maioria dos pacientes apresente pressão baixa, o uso de agentes inotrópicos pode intensificar a doença. Recomenda-se uso de inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA)/ bloqueadores do receptor de angiotensina (BRA) até o retorno à normalidade da função ventricular; betabloqueadores que, quando utilizados continuamente, podem reduzir recorrências; anticoagulação em presença de trombo ventricular e/ou embolia sistêmica.
O prognóstico é bom, havendo recuperação total dentro de aproximadamente 8 semanas após início do tratamento. Embora pouco comum, a recorrência as síndrome de Takotsubo tem sido relatada e aparentemente está relacionada à presença do fator desencadeante.
Fontes:
http://journals.lww.com/coronary-artery/Fulltext/2011/05000/Takotsubo_Syndrome.13.aspx
http://en.wikipedia.org/wiki/Takotsubo_cardiomyopathy
http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/centro-cardiologia/saiba-mais-sobre-coracao/Paginas/sindrome-takotsubo.aspx