Síndrome Neuroléptica Maligna

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Síndromes
Ouça este artigo:
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!

A síndrome neuroléptica maligna, também conhecida como síndrome maligna dos neuropeptídeos, ou ainda, síndrome da deficiência aguda de dopamina, trata-se de um efeito adverso severo dos fármacos neurolépticos.

Este transtorno foi descrito pela primeira vez no ano de 1960, por Delay e colaboradores, na França e, em 1968, na literatura inglesa, por Delay e Deniker. Consiste em uma reação idiossincrática a agentes neurolépticos, antidepressivos, bem como outras drogas antipsicóticas, que provavelmente está relacionado ao bloqueio dos receptores dopaminérgicos nos gânglios da base, sendo que o agente causal mais frequente é o haloperidol.

Têm sido descritos fatores que aumentam as chances do surgimento desta síndrome como agitação, exaustão física e neuroleptização rápida.

O quadro clínico que caracteriza este transtorno inclui:

As complicações desta síndrome comumente são resultantes da severidade da rigidez muscular e da imobilização proveniente desta condição. O risco de rabdomiólise e de falência renal aguda é aumentado pela escassa ingestão de líquidos, com consequente desidratação. Também pode haver trombose venosa profunda e embolismo pulmonar como resultado da rigidez, imobilização e desidratação. Confusão mental e problemas de deglutição pode levar ao surgimento de pneumonia aspirativa. A coagulação intravascular disseminada, septicemia e infarto agudo do miocárdio são outras consequências desta síndrome.

O diagnóstico e o tratamento deste distúrbio comumente são difíceis de serem estabelecidos. O tratamento engloba medidas de suporte como hidratação, suporte ventilatório e nutricional, prevenção de eventos tromboembólicos, por meio do uso de heparina em baixas doses.

A morte pode ocorrer como consequência da síndrome; todavia, em quase 80% dos casos o paciente pode se recuperar completamente, enquanto que em 8% dos casos pode haver recuperação incompleta.

Fontes:
http://www.jmpsiquiatria.com.br/edicao_19/artigos_edicao_19/02_sindrome.htmhttp://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-282X1998000500022&script=sci_arttext
http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2005/RN%2013%20SUPLEMENTO/Pages%20from%20RN%2013%20SUPLEMENTO-11.pdf

AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas nesta página devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!