Trombose Venosa Mesentérica

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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A trombose venosa mesentérica trata-se de uma condição médica na qual um coágulo de sangue obstrui a veia que irriga o mesentério, tecido que coneta o intestino à parede abdominal. É uma condição rara, que é responsável por 5% a 15% de todos os casos de isquemia intestinal.

Embora 20% a 40% dos casos sejam classificadas como idopáticos ou “primários”, a maior parte dos casos são consequentes de condições subjacentes, sendo as mais comuns: tumores, policitemia vera, deficiência de proteína C e proteínas S, deficiência de antitrombina III e cirurgia na região abdominal. Outros fatores de risco são: pancreatite, hipertesão portal, esplenomegalia, doença descompressiva, hemoglobinúria paroxística noturna e infecção. Sabe-se também que mulheres que usam anticoncepcional composto por estrogênio e fumam possuem maiores chances de desenvolverem trombose mesentérica.

A fisiopatologia deste distúrbio caracteriza-se, inicialmente, por congestão da parede intestinal, seguida por surgimento de edema, hemorragia intramural e, por fim, necrose hemorrágica, fator que pode levar à ascite serohemorrágica e as manifestações clínicas de peritonite.

A sintomatologia da trombose mesentérica é inespecífica e inclui:

  • Dor abdominal que pode intensificar-se após uma refeição;
  • Distensão abdominal;
  • Diarreia;
  • Hemorragia gastrointestinal;
  • Vômito.

O método de eleição para detectar esta desordem é a tomografia computadorizada. Além disso, pode ser feito um estudo do fluxo de sangue no intestino (angiografia), ressonância magnética do abdômen e ultrassonografia das veias mesentéricas.

O tratamento para trombose mesentérica não associada à hemorragia é feito administrando-se anticoagulante. Em certos casos, o fármaco pode ser aplicado diretamente no coágulo, procedimento denominado trombólise. Menos comumente, o coágulo pode ser removido cirurgicamente, através de uma trombectomia. Quando há sinais de peritonite, geralmente é necessário realizar cirurgia para remover parte do intestino delgado. Após esse procedimento pode ser necessário realizar ileostomia ou uma colostomia.

O prognóstico fica na dependência de cada caso. O tratamento imediato, antes de haver necrose intestinal, pode levar a uma boa recuperação.

Fontes:
http://www.bmlweb.org/beaujon20001.html
http://www.mdguidelines.com/mesenteric-thrombosis
http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-98872005000100003

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Arquivado em: Doenças
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