O tumor de Wilms, também denominado nefroblastoma, é uma neoplasia embrionária maligna oriunda do blastema metanéfrico, sendo este, o tumor renal mais comum durante a infância.
Foi relatado pela primeira vez em 1872, apresentando descrições de tumores renais de diversas formas. Max Wilms revisou a literatura e relatou sete novos casos. Sua descrição da afecção foi altamente esclarecedora, tanto que a doença recebeu o seu nome.
Afeta crianças com idade inferior a 5 anos, apresentando maior incidência entre 3 e 4 anos de idade. Este tumor tem sido relacionado com a ocorrência de determinadas malformações, sendo as mais comuns as ligadas ao trato urogenital, a hemihipertrofia ou a anirídia ou ausência da íris.
Esta neoplasia pode acometer qualquer região de ambos os rins; todavia, costuma ser um tumor solitário. Normalmente, geram distorções dos contornos renais, comprimindo, com freqüência, o rim residual num tecido delgado que encobre o tumor.
As manifestações clínicas englobam dilatação abdominal, dor abdominal, febre, perda de apetite, náuseas e vômitos. Em aproximadamente 20% dos casos, pode haver a presença de sangue na urina. Também pode ser responsável por aumentar a tensão arterial. Esta neoplasia pode espalhar-se para outras partes do corpo, especialmente para os pulmões, causando tosse e sufoco.
No geral, a massa abdominal é palpável. Caso haja a suspeita da presença desse tumor, o indicado é a realização de exames de imagem, como ultra-sonografia, ecografia, tomografia axial computadorizada ou ressonância magnética. Em certos casos, a avaliação da medula óssea e óssea deve ser considerada.
O tratamento para tumores unilaterais é a ressecção do rim em questão, mesmo que esteja presente metástase pulmonar. No momento da cirurgia, outros órgãos, como fígado e linfonodos, devem ser analisados. Após o procedimento cirúrgico, realiza-se o tratamento complementar, por meio da quimioterapia e radioterapia. A realização da quimioterapia antes da cirúrgica só é recomendada quando o tumor renal for bilateral, visando salvar pelo menos um dos rins.
Os pontos mais importantes são o estádio e o tipo histológico do tumor. Pacientes com estádio I e II apresentam mais de 92% de sobrevivência. Esta porcentagem reduz para 87% dos pacientes em estádio III e 73% nos de estádio IV. A recidiva resulta em um prognóstico ruim; contudo, novas drogas e terapias têm proporcionado melhora a uma pequena parcela dos indivíduos acometidos.
Fontes:
https://web.archive.org/web/20110811042314/http://www.oncopediatria.org.br:80/content/tumor-de-wilms-nefroblastoma
http://www.digimed.ufc.br/wiki/index.php/Tumor_de_Wilms
http://www.manualmerck.net/?id=290&cn=1536
http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/001575.htm
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/8982/000593041.pdf?sequence=1
http://www.inca.gov.br/rbc/n_50/v04/pdf/relatocaso2.pdf
http://cliquesaude.com.br/tumor-de-wilms-97.html
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/tumor-de-wilms/