Bioindicadores

Por Júlia de Almeida Costa Montesanti

Mestre em Ecologia e Evolução (Unifesp, 2015)
Graduada em Ciências Biológicas (Unifesp, 2013)

Categorias: Ecologia
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Como o nome sugere, bioindicadores são indicadores biológicos da qualidade de um ambiente e de mudanças sofridas por ele ao longo do tempo, sejam elas antropogênicas ou naturais. Sua principal aplicação, no entanto, é medir os impactos das atividades humanas nos ecossistemas. Podem servir como bioindicadores processos que ocorrem dentro de um indivíduo, espécies individualmente ou até mesmo comunidades inteiras.

Diversos grupos taxonômicos podem servir como bioindicadores, entretanto, nem todos os processos biológicos, espécies ou comunidades são bons parâmetros da qualidade do ambiente. Em geral, espécies (ou assembleias de espécies) utilizadas como bioindicadoras são aquelas com tolerâncias ambientais moderadas, já que espécies muito sensíveis ou com tolerâncias muito amplas não são boas para refletir a resposta das outras espécies presentes no ambiente. Entretanto, isso não é uma regra: comunidades inteiras compostas de espécies com as mais variadas tolerâncias ambientais também podem ser usadas como indicadoras da qualidade ambiental.

De forma geral, bons bioindicadores devem possuir boa capacidade de fornecer resposta mensurável e que reflita a resposta geral da população, bem como de responder ao grau de perturbação de forma proporcional. Além disso, deve ser abundante e comum, além de bem estudado.

Vejamos abaixo alguns exemplos de organismos que podem ser utilizados como bioindicadores:

Referências:

Holt, E & Miller, S. Bioindicators: Using Organisms to Measure Environmental Impacts. Nature Education Knowledge. 2010.

Martins, S et al. Liquens como bioindicadores da qualidade do ar numa área de termoelétrica, Rio Grande do Sul, Brasil. Hoehnea. 2008.

Monitoramento in situ da biodiversidade: Proposta para um Sistema Brasileiro de Monitoramento da Biodiversidade. ICMBio. 2013.

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