O planeta Terra é coberto por cerca de 70% de água, sendo que apenas 2,5% é potável. Dessa quantidade potável de água, 69% está retida nas geleiras em estado sólido, sobrando uma pequena quantidade para o uso humano e animal.
A principal medida para se despoluir um rio é parar de lançar esgotos, lixos domésticos e industriais nele, ou seja, parar de poluir, implementar o saneamento básico e redes de tratamento, coletar e separar os poluentes. Com isto, o próprio rio já se despolui sozinho, mas esse processo é lento demais, podendo levar milhares de anos até que se concretize.
Segundo a OMS, mais da metade dos 500 maiores rios do planeta estão passando por problemas com a poluição. A poluição dos rios destrói o habitat natural de muitas espécies aquáticas sendo possível vida somente dos seres anaeróbicos nos mais poluídos. O contato com a poluição desses afluentes acarreta vários problemas de saúde na população, tais como: intoxicação, gastroenterites, hepatite, febre tifóide, rota-vírus e alergias. Em casos de poluição extrema, pode-se ocasionar até câncer pelos metais pesados e pesticidas lançados pelas indústrias; além de atrair animais transmissores de doenças como ratos e moscas.
Medidas feitas na Europa, inclusive na Inglaterra, como implementação de redes de tratamentos de água e esgoto resultaram em êxito, despoluindo o rio Tâmisa e o rio Reno; um processo que durou em torno de 20 anos. No Brasil, tem-se como referência de poluição o rio Tietê, sendo um dos rios mais poluídos do mundo. São jogadas diariamente 400 toneladas de poluentes somente na aérea urbana. Em 1992, o Governo do Estado de São Paulo, a pedido de 1,2 milhões de assinaturas em um abaixo assinado, lançou o projeto de despoluição Tietê Vivo, no qual está tendo bons resultados chegando a ter mais de 8 milhões de pessoas com a rede de esgoto tratada. Nas duas primeiras fases foram gastos 1 bilhão e 600 milhões de dólares.
Recentemente nas Filipinas, foi criado um método de aceleração da despoluição do canal Paco com baixo custo e alta eficácia. Tal sistema implementa ilhas artificiais com espécies de plantas aquáticas que filtram a água. Utilizam, também um reator que aumenta o nível de oxigênio na água, introduzindo e tornando o ambiente mais adequado a um tipo de bactéria que tem como a alimentação os poluentes do meio.
Com o intuito de diminuir a agressão das indústrias no meio ambiente, normas são impostas para as empresas que buscam certificação por organizações internacionais nos casos de poluição; essas normas são as ISOs 14000 e 14001. Estando presente em 170 países, as ISOs buscam uma gestão ecológica correta para os diversos tipos de poluentes emitidos pelas indústrias. Apesar de todos estes esforços, o principal fator de poluição em geral se dá pela falta de conscientização da população e a falta de recursos pelo o governo.
Fontes:
http://www.ambientelegal.com.br/despoluicao-ecologica-de-rios-e-possivel/
http://www.docol.com.br/planetaagua/viva-sustentabilidade/a-despoluicao-dos-rios-ao-redor-do-mundo/
http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/234/por-que-nao-conseguimos-despoluir-nossos-rios-296119-1.aspx
http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2013/05/projeto-tiete-vive-sua-terceira-fase.html
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/ecologia/despoluicao-de-rios/