Recurso natural pode ser definido como qualquer elemento ou aspecto da natureza que esteja em demanda, seja passível de uso ou esteja sendo usado pelo homem, direta ou indiretamente, como forma de satisfação de suas necessidades físicas e culturais em determinado tempo e espaço. Os recursos podem ser classificados em função da sua demanda na natureza em renováveis e não renováveis. Alguns dos recursos considerados renováveis são aqueles que são repostos ou regenerados de forma espontânea pela natureza como, por exemplo, a energia do sol, a água e o ar. Mas existem recursos renováveis que também são conhecidos como potencialmente renováveis, como o solo, que necessita de preservação e cuidados para que mantenha sua fertilidade. Por outro lado, os recursos não renováveis são aqueles que quando extraídos ou utilizados por um período determinado de tempo, não se regeneram naturalmente como, por exemplo, o petróleo e os minérios.
É importante frisar que apesar dos recursos renováveis terem a capacidade de se restabelecerem naturalmente na natureza, eles não são ilimitados e cada tipo de recurso tem um determinado tempo para se regenerar. Portanto, é necessário respeitar o tempo de renovação de cada tipo de recurso renovável, de modo que estes continuem disponíveis para satisfazer as necessidades do homem. De forma contrária, os recursos naturais renováveis poderão chegar a ficar indisponíveis e se esgotarem para as futuras gerações.
Do ponto de vista ecológico, alguns recursos renováveis se originam e se renovam independentemente da forma como são consumidos, como é o caso da luz do sol que independentemente de como é utilizada pelo consumidor, está sempre disponível (pois advém de fonte externa). Um segundo tipo de recurso renovável é aquele gerado dentro do sistema ecológico (de uma fonte interna), onde os consumidores afetam diretamente a abundância destes recursos. Alguns recursos renováveis regenerados dentro do ecossistema estão conectados somente indiretamente a seus consumidores, seja através de outras conexões numa teia alimentar ou de processos abióticos.
O esgotamento dos recursos naturais é um grande problema para os seres vivos, uma vez que estes dependem dos recursos para a sobrevivência. Logo, ao diminuir seus recursos com uma forte pressão de consumo, os próprios consumidores limitam seu crescimento populacional.
Como não existe uma distribuição igualitária, em termos de abundância natural dos recursos pelo mundo, observa-se uma crescente valorização e uma busca pelo controle dos recursos naturais no cenário geopolítico mundial. O aumento na competição internacional por recursos essenciais à vida (chamados de recursos estratégicos) gerou uma significativa pressão por novas fontes de matérias-primas, como petróleo, gás e fontes alternativas de suprimento de água. O Brasil, por ser um país com grande dimensão territorial e possuidor de grandes riquezas naturais faz com que uma gestão eficiente destes recursos naturais seja extremamente importante. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, “a economia brasileira caracteriza-se por elevado nível de desperdício de recursos energéticos e naturais. A redução desses constitui verdadeira reserva de desenvolvimento para o Brasil, bem como fonte de bons negócios.”
Referências Bibliográficas:
AMIN, Mario Miguel. 2015. A Amazônia na geopolítica mundial dos recursos estratégicos do século XXI. Revista Crítica de Ciências Sociais. Revista Crítica de Ciências Sociais 107: 17-38 p.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Uso Racional dos Recursos. < http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/a3p/eixos-tematicos/uso-racional-do-recursos>
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RODRIGUES, Bernardo. Geopolítica dos recursos naturais estratégicos sul-americanos no século XXI. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Economia, Programa de Pós-graduação em Economia política internacional. 2015. 146 p.
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Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/ecologia/recursos-naturais/