Reflorestamento

Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas (FURB, 2006)
MBA em Educação Ambiental (Senac, 2010)

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O Brasil é o segundo país em cobertura florestal no mundo, superado apenas pela Rússia. Infelizmente, essa área florestada tem-se reduzido drasticamente, devido à ocupação humana desordenada. As regiões Nordeste, Sul e Sudeste, onde estão concentrados 85% da população brasileira, foram as mais atingidas por desflorestamentos provocados pelas necessidades de urbanização e crescimento econômico (JUVENAL E MATTOS, 2002).

Área reflorestada. Foto: XiXinXing / Shutterstock.com

Área reflorestada. Foto: XiXinXing / Shutterstock.com

O reflorestamento consiste na reposição da vegetação em locais que foram anteriormente desmatados. O Brasil situa-se entre os 10 maiores países em florestas plantadas do mundo, contando com 6,4 milhões de hectares. Cerca de 80% dessa floresta é composta por pinus e eucalipto, espécies utilizadas para a produção de madeira e celulose. A atividade de reflorestamento pode trazer uma série de benefícios, como:

  • aumento de empregos diretos e indiretos;
  • diminuição da pressão sobre as florestas nativas;
  • proteção da superfície do solo, diminuindo os riscos de erosão;
  • proteção das bacias hidrográficas em que a atividade se localiza;
  • maior biodiversidade;
  • retenção de dióxido de carbono;
  • produção de oxigênio.

A reposição florestal pode ser de dois tipos:

  • Heterogêneas: quando a reposição da vegetação acontece com a utilização de diversas espécies e tem por finalidade a restituição de alguma função ecológica, como, por exemplo, a proteção de mananciais.
  • Homogêneas: utiliza-se apenas uma espécie e, normalmente, atende a fins econômicos, como a produção de madeira para comercialização.

Para estimular o reflorestamento, o governo federal criou o Programa Nacional de Florestas (PNF) pelo Decreto nº 3.420/2000, que tem como meta o incremento da área reflorestada de 170.000 hectares para 630.000 hectares anuais, a partir do ano de 2004. Seus objetivos são:

  • Estimular o uso sustentável de florestas nativas e plantadas;
  • Fomentar as atividades de reflorestamento, principalmente em pequenas propriedades rurais;
  • Apoiar as iniciativas econômicas e sociais das populações que vivem em florestas;
  • Reprimir desmatamentos ilegais e a extração predatória de produtos e subprodutos florestais, conter queimadas acidentais e prevenir incêndios;
  • Promover o uso sustentável das florestas de produção;
  • Ampliar os mercados interno e externo de produtos florestais;
  • Valorizar os aspectos ambientais, sociais e econômicos dos serviços e dos benefícios proporcionados pelas florestas públicas e privadas;
  • Estimular a proteção da biodiversidade e dos ecossistemas florestais.

No Brasil, diversos setores têm investido em ações de reflorestamento. A empresa Texaco, em parceria com entidades ambientalistas, enriqueceu cerca de 1.000 hectares de mata no entorno da Reserva Morro da Mina, no município de Antonina, Paraná. Outro exemplo é a Vale que possui uma área de 387 hectares na região da Amazônia, onde foram investidos 12 milhões com o plantio de eucalipto.

Referências bibliográficas:

JUVENAL, Thais Linhares; MATTOS, René Luiz Grion. O setor florestal no Brasil e a importância do reflorestamento. BNDES Setorial, Rio de Janeiro, n. 16, p. [3]-29, set. 2002

SCARPINELLA, Gustavo D’almeida. Reflorestamento no Brasil e o Protocolo de Kyoto. Dissertação (Mestrado) - Programa Interunidades de Pós-graduação em Energia, Instituto de Eletrotécnica e Energia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.

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