Desenvolvimento econômico ocorre quando uma região apresenta uma melhoria considerável em relação à qualidade material da população. Neste sentido, o desenvolvimento da economia apresenta variáveis qualitativas e quantitativas. Porém, não se deve confundir desenvolvimento econômico com crescimento econômico, visto que o segundo refere-se somente ao aumento em setores da economia como o resultado anual do PIB (Produto Interno Bruto).
No início do século XX diversos economistas entraram em discussão a respeito do conceito de desenvolvimento econômico. Em um primeiro momento, desenvolver a economia era sinônimo de aumentar a produção e a renda referente à população de uma região. Porém, após algum tempos foram acrescentados fatores como a melhoria da qualidade material e do quadro social geral de um país. Assim, só pode ser considerado desenvolvimento econômico o progresso conjunto e que alcance todos os campos de uma sociedade. Se um país gera uma renda per capta que aumenta gradualmente a cada ano, mas apresenta um baixo índice de melhorias e desenvolvimento na direção do povo, não é possível denominá-lo como desenvolvido.
No livro A Riqueza das Nações, o filósofo e economista Adam Smith apontou que melhorias na direção dos trabalhadores indicavam o desenvolvimento econômico de uma região. Segundo ele, este segmento representaria a maior fatia da população e, desta forma, o progresso na situação desta maioria jamais deveria ser visto como inconveniente, como muitas vezes ocorreu na História. Smith indicava que nenhuma sociedade poderia ser florescente se a maioria de seus membros fosse pobre, assim, somente o progresso conjunto da sociedade poderia indicar o desenvolvimento econômico. Na visão do economista John Maynard Keynes, o Estado apresenta-se como o alicerce principal para atuar em sentido contrário à recessão e o desemprego. Para ele, o governo teria a maior importância de decisão no desenvolvimento econômico de um país, podendo criar políticas de incentivo e regulamentação da economia a fim de contribuir para a formação de uma sociedade mais igualitária.
De acordo com alguns economistas, por meio do Estado são reguladas as políticas no sentido de garantir uma infraestrutura eficiente em setores básicos como educação, cultura, alimentação, emprego, saúde e lazer. Alguns países demonstram atuação conjunta entre o setor público e privado, criando incentivos que geram tecnologia e desenvolvimento do parque industrial, trazendo eficiência na prestação de serviços e gerando empregos de qualidade, o que resulta em desenvolvimento econômico.
Desta forma, percebe-se que o desenvolvimento de um país, quando analisado da forma quantitativa, apresenta-se com o aprimoramento da distribuição de renda, crescimento na taxa de cidadãos alfabetizados, índices de natalidade, mortalidade, redução da violência, entre outros aspectos sociais. Para medir o nível de desenvolvimento de um país, o índice mais utilizado é o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), além do Índice de Gini.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
A partir do IDH - Índice de Desenvolvimento Humano é possível verificar o desenvolvimento humano dentro de uma região delimitada, fazendo uso da combinação entre fatores como escolaridade, expectativa de vida e renda per capta. Quanto mais elevado é o indicador do IDH, maior possibilidade de progresso na economia tem a localidade em que foi realizada a pesquisa. No Brasil, em 2020, o valor verificado pelo IDH ficou em 0,765 dentro de uma escala que vai de 0 até 1.
Índice de Gini
Por meio do índice Gini é possível medir de que forma a renda de um país ocorre a partir de sua distribuição para a população. Quanto mais elevado é o Gini, mais desigual é a distribuição de renda de uma nação. Também em 2020, o índice Gini no Brasil apresentou-se na casa de 53,9. Este mesmo resultado foi verificado para o Brasil por meio de pesquisas do Banco Mundial, o que coloca o país na categoria dos mais desiguais em escala global.
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Fontes:
SMITH, A. A Riqueza das Nações: Investigação Sobre sua Natureza e suas Causas. São Paulo: Abril Cultural, 1982. vol. 1 e 2
https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/43166
http://www.bresserpereira.org.br/papers/2008/08.18.ConceitoHist%C3%B3ricoDesenvolvimento.31.5.pdf