Economia Institucional

Por Antonio Gasparetto Junior

Mestrado em História (UFJF, 2013)
Graduação em História (UFJF, 2010)

Categorias: Economia
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Economia Institucional é uma via de análise da sociedade que se foca no comportamento econômico de instituições.

No contexto das chamadas Ciências Humanas, existem várias perspectivas que são adotadas para se tentar explicar a sociedade. Elas variam com as abordagens mais diversas dentro de cada uma das disciplinas que fazem parte dessa grande área do conhecimento. Uma das perspectivas mais adotadas por pesquisadores como sociólogos, economistas e historiadores, por exemplo, enfoca o estudo e a análise das sociedades através de suas instituições. Estas realmente têm muito a dizer sobre suas respectivas sociedades, pois são órgãos oficiais que publicam ou geram documentos oficiais sobre os rumos do grupo de indivíduos ao qual elas estão inseridas. Tal abordagem já é praticada há muito tempo por estudiosos e passa constantemente por atualizações teóricas. Uma abordagem derivada do estudo das instituições, por exemplo, coloca em evidência o comportamento econômico.

O termo Economia Institucional foi cunhado por Walton Hale Hamilton em um artigo publicado na revista The American Economic, de 1919. Nessa publicação, o autor apresentou as ideias centrais de sua nova abordagem dos estudos institucionais. Como um estudo abrangente, a Economia Institucional considera que o mercado é o resultado da interação entre várias instituições. Assim, a análise busca compreender o processo evolucionário que implica na formação do comportamento econômico dessas instituições. De lá para cá, no entanto, muitos outros teóricos apresentaram novos caminhos de compreensão dentro dessa ideia original. Isso porque a abordagem faz muito sucesso entre pesquisadores, mas ela teve grande repercussão mesmo na primeira metade do século XX por causa de fatores conjunturais do capitalismo. O mundo passou por uma grave crise em 1929 com a quebra da bolsa de Nova York. Durante alguns anos, os países capitalistas enfrentaram sérias dificuldades econômicas e muito se debateu sobre vias de superar a crise. Os institucionalistas, analistas das instituições, dessa época estavam no centro de um furacão econômico e, por isso, foram chamados a participar constantemente com suas reflexões. Não por acaso, a superação da crise nos Estados Unidos se deu através de um plano chamado New Deal, pelo qual o Estado era chamado a participar novamente da economia. Ou seja, através de suas instituições era responsável por manter a economia sob controle.

A ideia original sobre Economia Institucional mantém sua tradição até hoje, mas divide espaço com outras abordagens. No final do século XX, por exemplo, formulou-se o que é chamado de Nova Economia Institucional, que incorporou elementos neoclássicos da economia. Pode-se destacar também a Economia Comportamental, que é baseada em elementos da psicologia e preceitos da ciência cognitiva, indo além das simples suposições sobre o comportamento econômico. Por outro lado, há também aqueles que criticam o institucionalismo valendo-se de argumentos variados. Por exemplo, alguns analistas acreditam que o próprio conceito de instituição é demasiadamente importante para ser utilizado como identificador de uma escola teórica. Essa apropriação tornaria o termo evasivo. Logo, há um grupo que se identifica como anti-institucional. Mas, em síntese, alguns argumentam que a Economia Institucional ganhou tanta repercussão porque ela é capaz de significar tudo para todas as pessoas.

Fontes:
http://economiainstitucional.weebly.com/
http://www.ead.fea.usp.br/WPapers/2001/01-009.pdfhttp://www.revistas.unisinos.br/index.php/perspectiva_economica/article/.../1619

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