O Euro é a moeda oficial de 16 países que pertencem a União Européia, e que formam a chamada Euro zona.
Outros 11 países que pertencem a União Européia não tem o euro como moeda oficial, por diferentes motivos. Grã Bretanha, Suécia e Dinamarca optaram por não aderir ao euro, enquanto os demais países não participantes ainda não possuem os requisitos econômicos adequados (taxa de juros, inflação, câmbio, déficit na balança comercial e dívida externa), necessários para a adesão.
Os planos de criação de uma moeda única para a Europa tiveram inicio em 1970, mas foram logo esquecidos devido ao fortalecimento do dólar, naquela época.
Em 1991, em uma reunião na cidade de Maastricht (Holanda), 15 países membros da União Européia entraram em um acordo para a criação da moeda única. O objetivo era viabilizar a União Econômica e Monetária. O Banco Central europeu foi criado nessa ocasião (mas só foi fundado em 1998, com sede em Frankfurt, na Alemanha), com objetivo de determinar a taxa de juros. Os critérios para a participação dos países foi estabelecido, focando as metas de inflação, déficit no orçamento e taxas de juros. A Dinamarca e a Grã Bretanha, presentes nessa reunião, optaram por não aderir a esses planos.
Em 1992, os países europeus sofreram um ataque especulativo, o que levou alguns países a desvalorizar suas moedas. A crise asiática, em 1997, também atrapalhou os planos de alguns países que pretendiam aderir ao euro.
Em 1º de janeiro de 1999, o euro foi lançado como uma moeda escritural, ou seja, era a moeda utilizada para transações eletrônicas, bolsas de valores, casas de cambio, bancos e grandes empresas. O Banco Central Europeu, a partir dessa data, passou a determinar a taxa de juros para a euro zona. As incertezas e desconfianças enfraqueceram o euro no mercado internacional, sendo que em 20 meses, o euro perderia 30% de seu valor inicial, em relação ao dólar. A desvalorização foi benéfica as exportações, porém a credibilidade da moeda foi afetada, assim como foram geradas pressões inflacionárias.
O euro só ganhou credibilidade como moeda internacional após o ataque as Torres Gêmeas em Nova York, em 2001. Nessa ocasião, os investidores abandonaram o dólar e optaram por moedas mais seguras como o franco suíço e o euro.
Após três anos do lançamento do euro nas operações eletrônicas, no dia 1º de janeiro de 2002, as moedas e notas entraram em circulação nos países que até então já tinham aderido ao euro. Foram lançadas sete cédulas com valores que variam entre 5 e 500 euros, e oito moedas, com valores entre 1 e 50 cêntimos (o equivalente aos nossos centavos), e de 1 e 2 euros. As moedas antigas circularam por mais algum tempo em alguns países, para que fossem convertidas para a nova moeda.
Os países que aderiram o euro desde o ser lançamento, em 1999, foram: Alemanha, Portugal, Áustria, Bélgica, França, Espanha, Países Baixos, Finlândia, Irlanda, Luxemburgo, Itália.
Em 2001 a Grécia aderiu ao euro, em 2007 foi a vez da Eslovênia, em 2008 aderiram Malta e Chipre, e em 2009 a Eslováquia passou a utilizar a moeda única. Outros nove países pretendem aderir ao euro assim que atendam aos critérios de convergência estabelecidos.
Fontes
A história do euro. Site BBC Brasil. Acessado em 24 de fev. 2009. Disponível em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/especial/2001/eurohistoria/8.shtml
The European Central Bank. Acessado em 24 de fev. 2009. Disponível em:
http://www.ecb.eu/ecb/html/index.en.html