O financiamento é uma compra parcelada de um produto ou serviço, em que se acrescenta uma taxa de juros ao montante inicial, que variará conforme o tempo de duração do mesmo. Difere-se do empréstimo por se tratar de uma ajuda para o pagamento de um bem ou serviço, e não somente um montante pego emprestado sem nenhuma finalidade. Na maioria dos casos, os financiamentos são feitos para a compra de carros, motos e casas, podendo ser utilizado também para a compra de móveis e computadores com periféricos.
Em certos casos, a compra parcelada pode ser feito através de cartão de crédito – muitas vezes sem juros -, mas esta é uma modalidade de pagamento que atinge, ainda, poucas pessoas no Brasil. Assim, a única saída está no financiamento, que poderá ser quitado através de débito automático na conta do financiado, boleto bancário a ser pago pelo mesmo ou promissória com o valor futuro de cada parcela.
Em grandes empresas, conceder um financiamento é relativamente fácil, pois na maioria das vezes a taxa de juros aplicada é bem superior à praticada em Cadernetas de Poupança (se estas rendem 0,65% ao mês, o juro de um financiamento pode chegar a 4,5% ao mês). Assim, para cada pessoa inadimplente, várias já cumpriram com suas obrigações financeiras e compensaram o mesmo. Isso alia-se ao fato de que as lojas ganham um percentual para conceder o financiamento, e suas propagandas são feitas de tal maneira que um produto, ao ser pago em diversas prestações, dá a impressão que é “quase de graça”.
Em pequenas empresas, a concessão de financiamento torna-se mais complicada, pois o mesmo é na maior parte das vezes próprio (o dinheiro é da própria empresa), o que torna o negócio mais arriscado. Entre os fatores de risco, podemos destacar como principal a empregabilidade (o financiado ficará empregado até quitar o financiamento?).
Como modalidades, podemos destacar o leasing (ou arrendamento mercantil), em que o arrendatário “toma emprestado” o bem e paga seu aluguel, pagando no final uma pequena parcela para tornar-se dono definitivo do mesmo; o CDC (Crédito Direto ao Consumidor), em que a pessoa adquire um bem e paga a cada período pré-determinado uma certa quantia; e consórcio, modalidade de financiamento em que várias pessoas formam um grupo que pagam uma quantia mensal: mensalmente também é sorteado uma pessoa que recebe, integralmente, o valor que estima-se adquirir (que pode ser de uma casa, moto, etc.).