Metalismo

Licenciatura Plena em História (Faculdade JK-DF, 2012)
Pós-graduação em História Cultural (Centro Universitário Claretiano, 2014)

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Metalismo ou bulionismo é o substantivo que se usa para explicar a teoria econômica que surgiu na Idade Moderna após o surgimento dos metais preciosos, principalmente depois da descoberta do continente americano. Entre 1453-1789 ficou associado ao mercantilismo devido à forma de como esses metais eram utilizados para realizar as trocas comerciais.

Os metais extraídos das terras conquistadas foram usados como moeda de compra e venda de diversos itens de subsistência. Pode se dizer que a prata e o ouro foram os primeiros dinheiros da Modernidade. Em alguns países o dinheiro ainda leva o nome de prata.

Na moeda de metal era cunhado um valor e os consumidores firmaram uma “commodity” (acordo de preços sobre um determinado produto) para diminuir o escambo (compra ou venda de mercadorias sem a utilização da moeda).

O valor da moeda correspondia à quantidade de metal que ela possuía, ou seja, quanto mais pesada ou maior, mais valia. O preço da mercadoria deveria ser compatível ou equivalente aos valores cunhados na moeda de prata ou ouro, e deste modo era feita a compra e venda de produtos por meio do Metalismo.

Foto: Sebastian Duda / Shutterstock.com

Como a Espanha foi a primeira a encontrar esses metais logo após conquistar os territórios na América Central e América Latina, explorou esse recurso de maneira exacerbada. A prata que foi extraída em maior quantidade, foi muito mais rentável que o ouro para os espanhóis. Ao invés de investir na produção agrícola e na manufatura, exploravam esses metais para importarem os produtos por meio do Metalismo através de outras potências coloniais.

Como Portugal só descobriu o ouro na América a partir do século XVIII, investia mais na produção agrícola, para que pudesse receber as moedas de prata. Após a descoberta do ouro no Centro e Sudeste do país, houve uma imensa imigração de exploradores para estas regiões que extraíram nelas por quase um século, até esgotarem praticamente todo o recurso dessas minas.

O Brasil produzia muitas toneladas de ouro todo o ano através de mão-de-obra escrava. Foi o momento de ápice da colônia brasileira, que trouxeram muitas melhorias para o país em relação à infraestrutura, mas a maior parte do ouro ficou com a coroa portuguesa que pegava os impostos e os utilizavam também nas construções em Portugal.

Após a extração exagerada de ouro nas colônias da Espanha e Portugal, firmaram um acordo para manterem o monopólio e diminuir a distribuição desses metais na Europa. Como medida protetiva para o metalismo, conter a inflação e reduzir prejuízos devido à queda das exportações, decidiram estocar o maior número que podiam.

O Metalismo no geral surgiu como uma maneira de facilitar os câmbios internacionais, preços e valores das mercadorias. Revolucionou as trocas comerciais e a maneira de vender um produto. Estabeleceu valores aos objetos e designou significância equivalente a outros (moedas de prata e ouro), ou seja, quando você compra um objeto há um valor atribuído a ele, e você paga com uma significância paralela através de outro objeto, que hoje chamamos de dinheiro.

Até à presente data, muitas pessoas ainda fazem compra e venda desses metais (prata e ouro) que possuem um valor conforme a inflação de cada país. Entretanto, o que gera poder de compra atualmente é o dinheiro que por ventura tem suas raízes baseadas no Metalismo.

Disponível em:

https://educalingo.com/pt/dic-pt/metalismo 20.01.2019.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_do_ouro 20.01.2019.

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Metalismo 20.01.2019.

https://www.vortexmag.net/o-que-fez-portugal-com-o-ouro-vindo-do-brasil/ 20.01.2019.

Arquivado em: Brasil Colônia, Economia
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