Teoria Monetária é o nome dado ao estudo do funcionamento do sistema monetário no ambiente econômico.
Para a realização deste estudo, a principal ferramenta dos economistas será a moeda, a partir da análise de seu comportamento em seu ambiente natural, o mercado financeiro. Este dito comportamento se traduz como a oferta (abundância) ou demanda (carência) da moeda. Assim, a teoria monetária vai procurar compreender a razão da constante falta ou excesso de moeda com que as economias do mundo todo se deparam de tempos em tempos.
De todas as formas de riqueza sob o aspecto financeiro, a moeda é a que possui maior liquidez em relação a todas as outras, ou seja, é forma que é mais facilmente passível de ser convertida em um meio de troca da economia ou em dinheiro vivo. Os economistas atribuem geralmente três funções indispensáveis para que determinado bem seja caracterizado como moeda:
- constituir um meio de troca: significa que aquele material deve ser capaz de viabilizar a ocorrência de milhares de trocas a cada momento.
- utilização como unidade de conta: isto quer dizer que aquele determinado bem passa a ser usado como referência na aferição de valores de serviços e bens, e unidade para permitir o cálculo econômico do valor das trocas realizadas.
- emprego como reserva de valor: esta terceira função da moeda faz referência à necessidade que o material tem de reter o seu poder de compra por um longo período de tempo, ou seja, ele deve ser capaz de comprar a mesma quantidade de bens ou serviços em um futuro relativamente distante, de modo a assegurar a estabilidade da economia como um todo; evitando assim, o desencadeamento do que conhecemos como “inflação”.
O professor de economia Gregory Mankiw define moeda como “...o conjunto de ativos da economia que as pessoas usam regularmente para comprar bens e serviços de outras pessoas.
Entende-se como sendo dois os tipos de moedas circulando na economia mundial como um todo. A saber:
- moeda-mercadoria: é assim denominada aquela moeda que toma a forma de uma mercadoria com valor em si mesma. Não se apresenta como moeda, mas tem a faculdade de ser aceita pela sociedade como se tal fosse. O melhor exemplo de moeda-mercadoria é o ouro, mas, em determinados momentos, em situações particulares, temos outros tipos de moeda-mercadoria, como o cigarro nos campos de concentração ou nas prisões.
- moeda de curso forçado: ao contrário da primeira modalidade, ela não possui valor em si próprio, sendo necessário um decreto governamental garantindo seu valor e assim sua conseqüente circulação. É importante frisar que em uma sociedade onde o governo careça de credibilidade ou uma sociedade com sérios problemas estruturais, terá dificuldade em aceitar tal modalidade de meio de troca.
Mais importante talvez que conhecermos os modos como a moeda se apresenta é talvez o domínio da fluência da moeda na economia. Esse domínio é feito pelo governo creditado e estabelecido naquela sociedade, que se utiliza da chamada “Política Monetária”. É através de tal política, exercida quase que exclusivamente pelos bancos centrais de cada país, que o fluxo de moeda, o seu valor, a sua credibilidade será estabelecida, e não menos importante, as taxas de juros a serem praticadas no mercado financeiro local. Nas sociedades modernas, tal organização garante quase sempre a saúde da economia, e o poder de compra da moeda em mãos do cidadão comum.
Bibliografia:
Introdução à economia / Carlos Magno Mendes... [et al.] - Florianópolis, Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2009. 170 p. ISBN 978-85-61608-72-91