O celoma é uma cavidade, que é preenchida por um fluído e revestido por um epitélio derivado da mesoderme, que circunda o tubo digestivo, conhecido também como mesotélio (= epitélio médio). Esta cavidade é exclusiva de um grupo de organismos (clade) chamado Bilateria.
O celoma fornece um terceiro compartimento interno, que é responsável pela regulação fisiológica e especialização, funcionando também como um esqueleto hidrostático (permitem aos organismos que se movimentem e possam alterar a forma de seus corpos, ocorre devido o preenchimento de água neste esqueleto), para o transporte interno, excreção e reprodução.
Animais com celoma são conhecidos como celomados. O celoma ocupa parte do espaço do tecido conjuntivo entre a epiderme e a gastroderme, mas durante o desenvolvimento, o tecido conjuntivo é deslocado para a periferia. A cavidade é preenchida pelo fluido celômico, o qual é circundado por cílios mesoteliais.
Em animais triblásticos pode ou não ocorrer o celoma, que serve para que o organismo tenha espaço para os órgãos internos.
Existem também animais que são chamados de pseudocelomados, que possuem o falso celoma. São chamados assim pois não possuem uma cavidade inteira forrada pelo tecido mesodérmico. A mesoderme reveste a superfície interna da parede do corpo, deixando de fazê-lo na parede intestinal, como ocorre nos vermes de corpo cilíndrico.
Nos celomas propriamente ditos, a face interna e externa da parede do corpo intestinal é revestida pela mesoderme e a cavidade geral do corpo é o celoma verdadeiro, como por exemplo, nos vermes segmentados, nos moluscos, nos equinodermos e nos cordados.
Dois tipos de celomas podem ser formados:
- Celoma esquizocélico – a mesoderme forma-se a partir de duas células endodérmicas, que vão originar o folheto parietal (externo) e visceral (interno) que envolvem o celoma. Animais deste tipo são conhecidos como protostômios, ou seja, a boca definida forma-se diretamente a partir da boca embrionária.
- Celoma enterocélico – a mesoderme forma-se a partir de duas envaginações da parede do arquêntero, ou seja, da endoderme, que ao se individualizar formam os dois folhetos. Animais deste tipo são chamados de deuterostômios, onde a boca definitiva se forma secundariamente ao lado do blastóporo, onde se origina o ânus.
Animais que não possuem o celoma são chamados de acelomados. Estes animais possuem apenas dois folhetos embrionários, ao contrário dos animas celomados que possuem três. Os acelomados, como esponjas, celenterados e platelmintos, não possuem o mesoderma, que origina fibras musculares, característica de animais diblásticos e alguns triblásticos.
Fontes:
http://bioglossa.wikispaces.com/Esqueleto+Hidrost%C3%A1ticohttp://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/bioanimal2.php
http://www.simbiotica.org/animalia.htm
http://invertevoiceuneal.blogspot.com.br/2013/04/animais-bilaterais-acelomados.html
http://www.biorede.pt/text.asp?id=265
BARNES, R.D. 1984. Zoologia de invertebrados. 4ª ed. Rocca, S. Paulo. 1179 p. BRUSCA, R.C. & BRUSCA, G.J. 2007. Invertebrados. 2a.ed., Ed. Guanabara