Clivagem e Blastogênese

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Quando o zigoto sofre várias divisões mitóticas e resulta num aumento significativo de células, dizemos que este processo denomina-se clivagem. Estas células resultantes são embrionárias, denominadas de blastômeros, e tornam-se menores a cada divisão por clivagem que ocorre. Na ilustração abaixo é possível perceber os vários estágios desta clivagem, o blastômero e outras estruturas também importantes que são formadas neste processo.

clivagem

Abaixo, uma microscopia eletrônica que mostra a divisão inicial do zigoto: primeiro em dois blastômeros, em seguida em quatro, depois em oito e assim sucessivamente.

clivagem-blastogenese

Este processo normalmente acontece quando o zigoto atravessa a tuba uterina em direção ao útero. Durante este processo o zigoto está dentro da zona pelúcida e sua divisão em blastômeros acontece cerca de 30h após sua formação. Em seguida ao estágio de 9 células, os blastômeros mudam de forma e se compactam, este fenômeno (compactação) é provavelmente mediado por glicoproteínas de adesão. Quando já existem de 12 a 32 blastômeros, o ser humano em desenvolvimento atinge o estágio de mórula. As células internas da mórula estão envoltas por uma camada celular externa. A estrutura morular começa se formar 3 dias após a fertilização e então alcança o útero. Ocorrendo isto surge no interior da mórula a cavidade blastocística, um espaço que será preenchido por um fluido. Este fluido aumenta na cavidade, separando os blastômeros em dois tipos:

- TROFOBLASTO: é uma camada celular externa delgada, que irá compor a parte embrionária da placenta.

- EMBRIOBLASTO: é um grupo de blastômeros, situado no centro da massa celular interna, que originará o embrião.

Todo esse processo de desenvolvimento é conhecido como blastogênese, e o concepto neste estágio é chamado de blastocisto. O embrioblasto então se projeta para a cavidade blastocística e o trofoblasto forma a parede do blastocisto, que aumenta rapidamente de tamanho assim que a zona pelúcida se degenera. Por volta de 6 dias após a fertilização o blastocisto adere ao epitélio endometrial.

Fonte:

MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. The developing human: clinically oriented embryology. 7ª  ed. Elsevier. USA, 2003.

Arquivado em: Embriologia
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