Na forma convencional de geração de energia, a geração centralizada, onde é utilizada uma grande fonte geradora como termelétricas ou hidrelétricas, são necessárias linhas de transmissão e distribuição para que a energia chegue até o consumidor final.
Já na chamada “Geração Distribuída”, ou GD, essas linhas não são necessárias porque o que se faz é construir pequenas fontes de geração de energia, independente da carga, o mais próximo possível do consumidor final, evitando assim, todos os custos e impactos inerentes à geração centralizada.
As vantagens da geração distribuída sobre a geração convencional é que na primeira conseguimos evitar as chamadas “perdas técnicas” de energia que ocorrem nas linhas da transmissão e distribuição ocasionadas pelo “efeito joule” e que contribui diretamente no custo da energia elétrica convencional. Outro fator que contribui para este custo são os materiais e todo o trabalho que envolve a construção destas linhas de transmissão e distribuição. Isso sem falar dos custos ambientais.
Mega hidrelétricas, como Itaipu ou Furnas, além dos impactos mais conhecidos como o alagamento de extensas regiões (eliminando a fauna e flora e causando interferências significativas no microclima da região onde estão inseridas) e até de cidades inteiras que têm que se reconstruídas em outro lugar, ainda congregam os impactos ambientais causados pelas linhas de transmissão. Estas, na melhor das hipóteses, exigem o desmate dos espécimes vegetais de maior altura para que não encostem nos fios ou nas torres. Isso, quando se faz a construção de linhas de transmissão visando o menor impacto ambiental, com o chamado “corte seletivo” da vegetação e cabeamento por helicóptero, diminuindo o número de picadas (caminhos pela mata) que, então, serão feitas apenas para a instalação das torres. Entretanto, este método é também o mais caro e, por isso, o menos praticado.
Outra vantagem da geração distribuída é que como são reduzidas as perdas e a geração é diversificada têm-se uma maior estabilidade e confiabilidade do sistema. Casos onde uma cidade inteira fica sem energia ao mesmo tempo seriam, no mínimo improváveis.
A geração distribuída pode ser de duas formas: fonte de energia, quando se usa a GD como fonte principal de energia, ou como reserva descentralizada, quando se usa a GD para suprir necessidades em casos de apagões e excesso de demanda por exemplo.
Algumas fontes para GD: microturbinas, mci (motores de combustão interna), eólica, fotovoltaica, célula a combustível.