Antônio Mariano Alberto de Oliveira nasceu em 28 de abril de 1857 em Palmital de Saquarema, província do Rio de Janeiro. Completa os estudos primários em uma instituição pública na vila de N. S. de Nazaré, em seu município natal. Posteriormente, viria a cursar Humanidades, tendo se diplomado, no ano de 1844, em Farmácia. Também cursou a Faculdade de Medicina, onde foi colega e colaborador de Olavo Bilac, abandonando-a no terceiro ano.
No exercício da profissão de farmacêutico, batizou várias farmácias alheias, uma delas a do industrial português Granado.
Posteriormente, em 1892, é nomeado oficial de gabinete do presidente do Estado, Dr. José Tomás da Porciúncula, exercendo, de 1893 a 1898, o cargo de diretor geral da Instrução Pública do Rio de Janeiro. Ademais, leciona como professor de Língua Portuguesa e Literatura na Escola Normal e na Escola Dramática.
Em 1889, casa-se, em Petrópolis, com a viúva Maria da Glória Rebelo Moreira. Dessa união, nasce o filho Artur de Oliveira.
Alberto é um dos dezesseis irmãos com inclinações literárias, tendo-se destacado pela personalidade artística mais proeminente. A residência do casal Oliveira, localizada na Engenhoca, em Niterói, era famosa por receber a nata dos escritores brasileiros, como Olavo Bilac, Raimundo Correia e Raul Pompeia. As pautas das reuniões subscreviam-se à Arte e Literatura, seguidas pelos recitais com versos dos presentes ou outros autores famosos, principalmente Coppée, France, Heredia e Leconte, integrantes da escola parnasiana francesa.
Seu livro de estreia é publicado em 1877, sob o título de Canções Românticas, elaborado nos moldes do Romantismo, como indica o próprio título. Todavia, seu talento e potencial futuro como elemento de transição ao Parnasianismo foram observadas pelo crítico Machado de Assis, em ensaio de 1879, no qual demarca os atributos da “nova geração”, influenciada pelo anti-Romantismo francês, representado por poetas como Banville e Gautier, que se reuniam no Parnasse Contemporain.
Em sua obra posterior, as Meridionais (1884), pode-se observar o autor já convertido aos ditames ortodoxia parnasiana, manifestados pelo objetivismo, o amor pela natureza, a pintura da paisagem, o culto da forma, a linguagem castiça e a versificação rica e rígida. Nas obras seguintes, como os Sonetos, Poemas e os Versos e Rimas e as quatro séries de Poesias, tais atributos.
Ao lado de Olavo Bilac e Raimundo Correia, é considerado um dos grandes elaboradores do soneto em língua portuguesa, formando a trindade parnasiana no país. Com Raimundo Correia e Olavo Bilac, constituiu a trindade parnasiana no Brasil, movimento que fora inaugurado em 1880 com os Sonetos e rimas de Luís Guimarães e cujas influências seriam perceptíveis até a eclosão do Modernismo, na Semana de Arte Moderna de 1922.
Em sua obra, destacam-se ainda as colaborações em jornais e periódicos cariocas, tais como: Gazetinha, Diário do Rio de Janeiro e A Semana. Ademais, sua paixão pela bibliofilia levou-lhe a montar uma biblioteca bastante prolífica em termos de variedade, que, posteriormente, foi doada à Academia Brasileira de Letras.
Em 19 de janeiro de 1937, Alberto de Oliveira falece em Niterói, estado do Rio de Janeiro, devido a causas naturais. Sua obra passa à posteridade como um dos mais legítimos e bem-sucedidos exemplares da poesia parnasiana. Ele é o fundador da cadeira de n° 8 da Academia Brasileira de Letras.
Referências bibliográficas:
BOSI, A. História Concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 2001.
ACADEMIA BRASIL DE LETRAS. Acadêmicos / Alberto de Oliveira / Biografia. http://www.academia.org.br/academicos/alberto-de-oliveira/biografia.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/escritores/alberto-de-oliveira/