José Lins do Rego Cavalcanti nasceu no Engenho Corredor, Pilar, na Paraíba, a 03 de Junho de 1901. Seus pais eram João do Rego Cavalcanti e Amélia Lins Cavalcanti.
Iniciou os estudos no Colégio Itabaiana, na Paraíba. Logo após, passou para o Instituto N. S. do Carmo, e posteriormente, para o Colégio Diocesano Pio X, em João Pessoa. Quando mais velho, estudou no Colégio carneiro Leão e Osvaldo Cruz, no Recife, onde revelou seu gosto por literatura.
Trazia consigo, desde a infância, conhecimentos relacionados à terra, que passaram de geração para geração por pessoas, como seus pais, que viviam no nordeste açucareiro.
Em 1920 iniciou seus estudos na Faculdade de Direito do Recife. Colaborou com o Jornal do Recife, fundando o semanário Dom Casmurro em 1922.
No ano de 1923, José formou-se em Direito na faculdade de Recife, onde conheceu diversas personalidades ampliando seu contato literário, e dois anos depois da conclusão do curso, foi morar em Minas Gerais, onde trabalhou como promotor público. No estado de Minas Gerais casou-se com D. Filomena, mais conhecida como “Naná” Masa Lins do Rego, no ano de 1924. Dois anos depois fora transferido para Alagoas para exercer funções de fiscal de 1930 a 1935. Ainda em Alagoas, colaborou com o “Jornal de Alagoas”, participou do grupo de Raquel de Queirós, Jorge de Lima, Graciliano Ramos, Aurélio Buarque de Holanda, Aloísio Branco, dentre outros.
Em 1932, publicou seu primeiro romance, “Menino de Engenho”, que conquistou o prêmio da Fundação Graça Aranha. No ano seguinte publicou “Doidinho”, segundo livro do “Ciclo cana-de-açúcar”. Após isso manteve intensa e constante atividade na área da literatura, publicando um livro por ano.
No ano de 1935 mudou-se para o Rio de Janeiro, exercendo o cargo de fiscal do imposto de consumo, como de costume, fora colaborador de diversos jornais e periódicos. Em 1937 publicou “Pureza”, seu primeiro romance a fugir da temática do ciclo da cana-de-açúcar. Seu romance “Água-mãe” recebeu o Prêmio Felipe d’Oliveira em 1941. Escreveu mais duas obras nesta linha, e em 1943 publicou “Fogo Morto”, que retorna à temática da realidade nordestina.
Ficou conhecido e eternizado como um dos grandes autores brasileiros a registrar um panorama histórico de sua época em suas obras. E em 1947 recebeu o Prêmio Prado, através do romance Eurídice.
José Lins do Rego fora recebido pelo acadêmico Austregésilo de Athayde em 1956, como sucessor de Ataulfo de Paiva na Cadeira 25, tornando-se o quarto a ocupar o lugar. O romancista e jornalista faleceu no dia 12 de Setembro de 1957, no Rio de Janeiro.
Principais obras:
- Menino de engenho, 1932.
- Doidinho, 1933.
- Banguê, 1934.
- O moleque Ricardo, 1935.
- Usina, 1936.
- Histórias da velha Totônia, 1936.
- Pureza, 1937.
- Pedra Bonita, 1938.
- Riacho Doce, 1939.
- Água-mãe, 1941.
- Gordos e magros, 1942.
- Fogo morto, 1943.
- Poesia e vida, 1945.
- Eurídice, 1947.
- Bota de sete léguas, 1951.
- Homens, seres e coisas, 1952.
- Cangaceiros, 1953.
- A casa e o homem, 1954.
- Roteiro de Israel, 1955.
- Meus verdes anos, 1956.
- Gregos e troianos, 1957.
- Presença do Nordeste na literatura brasileira, 1957.
- O vulcão e a fonte, 1958.