Mario de Miranda Quintana nasceu na cidade em 30 de julho de 1906, em Alegrete (RS), filho do farmacêutico Celso de Oliveira Quintana e Virgínia de Miranda Quintana. Com sete anos, é alfabetizado pelos pais, aprendendo também noções de francês.
Em 1919, com 13 anos incompletos, transfere-se para a cidade de Porto Alegre, onde ingressa no Colégio Militar. Lá, começa a escrever seus primeiros textos literários.
Em 1925, retorna a Alegrete, passando a trabalhar na farmácia do pai. Em um período de apenas dois anos após a mudança, viria a testemunhar o falecimento de ambos.
Nesse ínterim, seu conto, A Sétima Personagem, é premiado em concurso promovido pelo jornal porto-alegrense Diário de Notícias. Pouco depois, tem um poema publicado na revista Para Todos, do Rio de Janeiro, por indicação do diretor e cronista Álvaro Moreyra.
Sua carreira jornalística inicia-se em 1929, com a contratação pelo diário O Estado do Rio Grande. No ano seguinte, a Revista do Globo e o Correio do Povo.
Entusiasmado com a revolução liderada pelo também gaúcho Getúlio Vargas, em 1930, passa uma temporada de seis meses no Rio de Janeiro como voluntário do Sétimo Batalhão de Caçadores de Porto Alegre. No ano seguinte, retorna à capital gaúcha, retomando o trabalho na redação de O Estado.
Em 1934, é publicada sua primeira tradução, a da obra Palavras e Sangue, do autor italiano Giovanni Papini. Como funcionário da Editora Globo, traduz mais de cem obras da literatura mundial, entre as quais destacam-se Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust, e Mrs. Dalloway, de Virgínia Woolf.
Em 1940, aos 34 anos, publica seu primeiro livro A rua dos cataventos, com temática infantil. Em 1946, lança a obra Canções e dois anos mais tarde Sapato Florido. Ainda em 1948, publica O Batalhão de Letras.
Seu quinto livro, O Aprendiz de Feiticeiro, publicado, em 1950, pela Editora Fronteira, de Porto Alegre, obtém grande repercussão nos meios literários. No ano seguinte, lança o livro Espelho Mágico, uma coleção de quartetos com comentários de Monteiro Lobato na orelha.
Contudo, sua obra só ganharia reconhecimento nacional em 1966, quando o autor ganha o Prêmio Fernando Chinaglia, da União Brasileira dos Escritores, pela obra Antologia Poética. No mesmo ano, recebe homenagem da Academia Brasileira de Letras.
Ainda em vida, é homenageado em Porto Alegre, com a criação de um centro cultural com seu nome (Casa de Cultura Mário Quintana), localizado no centro histórico da capital gaúcha, no prédio do antigo Hotel Majestic.
Em 5 de maio de 1994, Mario Quintana falece no Hospital Moinhos de Vento, na capital gaúcha, em decorrência de uma pneumonia. Durante sua vida, não se casou nem teve filhos. Sua herança para a família foi um acervo de grande valor em obras literárias.