Murilo Monteiro Mendes, mais conhecido como Murilo Mendes, nasceu no dia 13 de Maio de 1901, na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Era filho de Onofre Mendes e Eliza de Barros Mendes.
Murilo iniciou seus estudos em sua terra natal, porém, em seguida, é matriculado no Internato do Colégio Salesiano em Niterói, Rio de Janeiro.
No ano de 1920 mudou-se para a capital, e teve contato direto com o Movimento Antropofágico. Sua estreia na literatura se deu através de suas publicações em duas revistas do modernismo.
Trabalhou no Rio de Janeiro, como Arquivista do Ministério da Fazenda, e também foi funcionário do Banco Mercantil.
Em 1930, Murilo lança seu primeiro livro: “Poemas”. Seu conteúdo, assim como o de outros poetas da geração de 30, tinha grande preocupação social, e analisava o destino do ser humano.
Em 1932 escreveu o poema que recebeu o nome de “História do Brasil”, com conteúdo nacionalista, retratando de forma diferenciada a história do País. Três anos depois, tornou-se inspetor de ensino, e no ano de 1940 conheceu Maria da Saudade Cortesão.
No ano de 1944, Murilo foi internado com tuberculose e esteve num sanatório na região de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Embora tenha passado por problemas de saúde, o poeta casou-se com sua amada no ano de 1947, mas não tiveram filhos.
Foi considerado por muitos como o principal representante do surrealismo na poesia, apresentando também traços de poesia social, além de conteúdo relacionado ao novo barroco e ao cristianismo. Analisando suas obras, é comum encontrarmos a linguagem coloquial e diversos neologismos.
Em 1953 foi convidado a lecionar literatura brasileira em Portugal, mais especificamente em Lisboa. Até 1955 percorreu diversos países da Europa, por onde divulgou a cultura brasileira. O poeta mudou-se para Roma por volta de 1957.
Murilo Mendes, o poeta e escritor que recebeu o prêmio Graça Aranha com o seu primeiro livro “Poemas”, nos deixou em 13 de Agosto de 1975, na cidade de Estoril, Portugal.
“É necessário conhecer seu próprio abismo. E polir sempre o candelabro que o esclarece.” (Murilo Mendes)
Principais obras:
- 1930 - Poemas
- 1932 - História do Brasil
- 1935 - Tempo e Eternidade (em colaboração com Jorge de Lima)
- 1938 - A Poesia em Pânico
- 1941 - O Visionário
- 1944 - As Metamorfoses
- 1944 - O Discípulo de Emaús, prosa
- 1945 - Mundo Enigma
- 1947 - Poesia Liberdade
- 1948 - Janela do Caos
- 1954 - Contemplação de Ouro Preto
- 1959 - Poesias
- 1959 - Tempo Espanhol
- 1962 - Poliedro
- 1968 - Idade do Serrote, memórias
- 1972 - Convergência
- 1973 - Retrato Relâmpago
- 1977 - Ipotesi
- 2002 - A Invenção do Finito, póstuma
- 2003 - Janelas Verdes , póstuma