Vale-tudo é uma modalidade de luta, disputada em um ringue de boxe, na qual o contato é livre, ou seja, não é utilizada nenhuma arte marcial especificamente. Dessa forma, atletas que treinam boxe, jiu-jitsu, muay thai, entre outros, podem enfrentar-se, ainda que treinem modalidades diferentes.
No Vale-tudo o tempo é dividido em, no máximo 3 rounds, de 3 minutos cada um. Entre os rouds é dado 1 minuto para o descanso. Nessa modalidade são utilizadas luvas de boxe, e como na nobre arte, a vitória pode ser:
Por nocaute – quando o adversário vai à lona e não se levanta durante a contagem (até 10) do juiz.
Por pontos – quando, ao fim dos três rounds, não houve o nocaute. Nesse caso, os pontos atribuídos pelos juízes durante a luta apontarão o vencedor.
Por decisão do árbitro – quando o árbitro percebe que um dos lutadores não está mais em condições de luta.
Por desistência – quando o lutador desiste.
Por decisão médica – quando o médico que presta atendimento ao lutador no minuto entre os rounds percebe que o mesmo não está mais em condições de luta.
No Vale-tudo, são permitidos chutes (com o pé ou canela), socos que podem atingir as pernas, corpo ou cabeça do adversário; joelhadas nas pernas, no corpo e no rosto do oponente, ou seja, quase tudo. Só não é permitido atingir a coluna do adversário nem chutar seu rosto se ele estiver ao chão.
Os torneios de Vale-tudo destacam muitos lutadores de algumas categorias de artes marciais. O Ultimate Fighting Championship é o maior dos eventos, seguido pelo Pride, realizado no Japão.
Porém, o Vale-tudo não é uma arte marcial, pois não possui uma uma filosofia de vida como o Caratê ou Judô, que tem como finalidade maior, a evolução do ser humano.
Apesar da violência da luta, até hoje foi registrado um único caso de morte no ringue de Vale-tudo. Em 1998, um lutador morreu por parada cardíaca, em um torneio amador na Rússia. Segundo consta, o lutador foi alertado e aconselhado a não lutar, por apresentar problemas cardíacos.