Assim como os predadores têm suas estratégias e adaptações para a caça, as presas têm suas adaptações para fugir da predação.
Dependendo da relação entre predador e presa, esta pode tentar se esconder, escapar ou lutar.
Dependendo do lugar onde a presa vive não há locais para se esconder, com em um campo e para isso ela precisa detectar seu predador antecipadamente e dispor de uma rápida movimentação.
Como as plantas não dispõem de estruturas para se locomover, suas defesas são espinhos e substâncias químicas.
Já outros animais dispõem de locais seguros para se esconderem e regulam seu comportamento para isso. Porém isso pode ser prejudicial para sua reprodução e alimentação. Algumas presas precisam ficar escondidas em locais pobres em alimentação e isso prejudica o crescimento e a reprodução.
Animais que não têm onde se esconder precisa adotar medidas protetoras, como corrida ou armas químicas. Vários insetos borrifam líquidos nocivos nos predadores. Outros possuem gosto muito ruim e chegam a ser impalatáveis, provocando o vômito do predador quando mastigados. Alguns se protegem com estruturas corporais como espinhos e cascos, como é caso do porco-espinho e tatu, respectivamente. Normalmente o combate físico é evitado, mas as presas que combatem normalmente são evitadas. Os organismos indefesos adotam as estratégias citadas acima.
Para evitar a detecção dos predadores, algumas presas adotam aparências camufladas e de repouso. Isso é uma vantagem para aumento da seleção natural: os mais bem camuflados conseguem sobreviver e deixar descendentes. Os que não conseguem se esconder são descobertos e comidos.
A coloração críptica é uma estratégia dos animais comíveis ou palatáveis. Nela o animal combina sua cor com a do ambiente onde vive, assemelhando-se a galhos, folhas, troncos, pedras, etc. O comportamento desses animais deve condizer com o objeto com que se assemelha para não ser descoberto.
Animais com coloração mais fortes e notáveis possuem sabor ruim. Algumas combinações de cores indicam que a presa é nociva, podendo conter substâncias tóxicas, como é o caso da cobra coral que possui as cores vermelho, preto e branco. Isso se chama coloração de advertência ou aposematismo. Essa coloração de aviso é muito útil também para os predadores, que após “experimentarem” a presa, passam a evitá-la.
Alguns animais sem defesas químicas e palatáveis podem imitar a coloração de animais que possuem essas características. Essa imitação é chamada de mimetismo batesiano.
Quando organismos impalatáveis compartilham o mesmo padrão de coloração de advertência chama-se mimetismo mülleriano.