Para ser considerado um ser vivo, um organismo precisa ter a capacidade de se reproduzir e deixar descendentes para dar continuidade à espécie. Portanto, em algum momento da evolução o organismo que habitava a Terra primitiva adquiriu a capacidade de se reproduzir.
Mas não basta apenas se dividir, as instruções para as atividades vitais do novo ser também devem ser passadas.
Algumas pesquisas demonstraram que o RNA foi o primeiro tipo de material genético formado, pois conseguiram fazer com que ele fosse produzido a partir de condições abióticas. Esse RNA produzido também possuía a capacidade de replicar-se, ou seja, produzir uma cópia de si mesmo.
O RNA controla a produção de proteínas, organizando a ligação entre os aminoácidos.
Se o RNA foi mesmo o material genético primordial, ele pode ter aparecido antes mesmo da formação das microesferas.
Quando o RNA se duplica, pode originar cópias um pouco diferentes da original e estabelecer o início de uma variabilidade genética, permitindo que a seleção natural também começasse a agir. Com isso, foram selecionadas versões com maior capacidade de sobrevivência, reprodução, etc.
Os cientistas chamam esse período de “mundo do RNA”, que foi o primeiro passo para a formação de um código genético.
Fontes
Amabis, José Mariano. Biologia. Volume 1. Editora Moderna.