Selecionamos as questões mais relevantes da prova de vestibular Acafe 2016/1. Confira! * Obs.: a ordem e número das questões aqui não são iguais às da prova original.
Leia o texto a seguir.
“João Romão, depois de serrazinar na venda com os caixeiros e com a Bertoleza, tornou ao pátio da estalagem queixando-se de que tudo ali ia muito mal. Censurou os trabalhadores da pedreira, nomeando o próprio Jerônimo, cuja força física aliás o intimidara sempre. ‘Era um relaxamento aquela porcaria de serviço! Havia três semanas que estava com uma broca à toa, sem atar, nem desatar; afinal aí chegara o domingo e não se havia ainda lascado fogo! Uma verdadeira calaçaria! O tal seu Jerônimo, dantes tão apurado, era agora o primeiro a dar o mau exemplo! perdia noites no samba! não largava os rastros da Rita Baiana e parecia embeiçado por ela! Não tinha jeito!’ Piedade, ouvindo o vendeiro dizer mal do seu homem, saltou em defesa deste com duas pedras na mão, e uma contenda travou-se, assanhando todos os ânimos. Felizmente, a chuva, caindo em cheio, veio dispersar o ajuntamento que se tornava sério.”
Considerando a linguagem, o contexto sócio-histórico, as personagens e o estilo, o fragmento de texto acima pertence à obra:
A Hora da Estrela, de Clarice Lispector.
O Cortiço, de Aluísio Azevedo.
A Majestade do Xingu, de Moacyr Scliar.
O Fantástico na Ilha de Santa Catarina, de Franklin Cascaes.
Identifique na primeira coluna as opções que preenchem corretamente as lacunas dos textos da segunda coluna.
( 1 ) O Tempo e o Vento; Terra e Cambará ( 2 ) Bentinho; Capitu ( 3 ) Euclides da Cunha; Canudos ( 4 ) Vidas Secas; Sinhá Vitória ( 5 ) Iracema; ema selvagem
( ) Na análise de ___________, cujo autor é Graciliano Ramos, destaca-se o papel feminino na trama. __________ quer uma vida melhor, e é por causa de seus sonhos que a família avança e conquista condições melhores. “Ela quer uma vida melhor e expressa isso no desejo de ter uma cama, onde ela possa deitar e não sentir dor”. ( ) A trilogia ___________, do escritor Érico Veríssimo, é uma obra contextualizada no estado do Rio Grande do Sul. O romance representa a história do estado gaúcho, de 1680 até 1945 (fim do Estado Novo), através da saga das famílias ________________ . ( ) É a Natureza que serve para pintar ________, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que as asas da graúna, mais longos do que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como o seu sorriso, nem a baunilha recendia no bosque como o seu hálito perfumado. Mais rápida que a ____________. ( ) O olhar de _________ acerca do Sertão enfatiza tanto o caráter indomável e despovoado do interior do território brasileiro quanto o flagelo das caatingas e as secas deste meio causticante. A flora desse espaço é descrita, bem como sua “vegetação agonizante, doente e informe”, porém, no seu dizer, “o sertão, de inferno que é, se metamorfoseia em paraíso”. Neste enfoque, o ambiente onde se localiza ____________ não poderia ser diferente, é um locus único porque inclassificável. ( ) Inteligente, prática, de personalidade forte e marcante (ela era muito mais mulher do que _________, homem, ________ acaba se tornando a dona do romance: forma, inicialmente, com o narrador, um “duo terníssimo” e, depois, possa a constituir o centro do drama do protagonista masculino, com a entrada em cena de Escobar (“trio") e de Ezequiel (“quattuor”).
A sequência correta, de cima para baixo, é:
1 - 5 - 2 - 4 - 3
3 - 2 - 5 - 1 - 4
4 - 1 - 5 - 3 - 2
2 - 3 - 4 - 5 - 1
Identifique o texto extraído da obra A Majestade do Xingu, de Moacyr Scliar.
Quaresma era um homem pequeno, magro, que usava pince-nez, olhava sempre baixo, mas, quando fixava alguém ou alguma cousa, os seus olhos tomavam, por detrás das lentes, um forte brilho de penetração, e era como se ele quisesse ir à alma da pessoa ou da cousa que fixava. Contudo, sempre os trazia baixos, como se guiasse pela ponta do cavanhaque que lhe enfeitava o queixo. Vestia-se sempre de fraque, preto, azul, ou de cinza, de pano listrado, mas sempre de fraque, e era raro que não se cobrisse com uma cartola de abas curtas e muito alta, feita segundo um figurino antigo de que ele sabia com precisão a época.
Quem lhe escreve é [...] uma russa de 21 anos de idade e que está no Brasil há 21 anos [...]. Que não conhece uma só palavra de russo, mas que pensa, fala, escreve e age em português, fazendo disso sua profissão e nisso pousando todos os projetos do seu futuro, próximo ou longínquo. Que não tem pai nem mãe [...] e que por isso não se sente de modo algum presa ao país de onde veio, nem sequer por ouvir relatos sobre ele. Que deseja casar-se com brasileiro e ter filhos brasileiros. Que, se fosse obrigada a voltar à Rússia, lá se sentiria irremediavelmente estrangeira, sem amigos, sem profissão, sem esperanças.
Daí a pouco chegou à casa de Vilela. Apeouse, empurrou a porta de ferro do jardim e entrou. A casa estava silenciosa. Subiu os seis degraus de pedra, e mal teve tempo de bater, a porta abriu-se, e apareceu-lhe Vilela. — Desculpa, não pude vir mais cedo; que há? Vilela não lhe respondeu; tinha as feições decompostas; fez-lhe sinal, e foram para uma saleta interior. Entrando, Camilo não pôde sufocar um grito de terror: — ao fundo sobre o canapé, estava Rita morta e ensanguentada. Vilela pegou-o pela gola, e, com dois tiros de revólver, estirou-o morto no chão.
(...) Noel tinha coragem, Noel não tinha medo da polícia. Em 1935, na época do levante comunista contra a ditadura do Vargas, foi preso. Era estudante de medicina, e o delegado que o interrogou ficou assombrado: tinha diante de si um universitário, uma pessoa de respeito, mas que era, ao mesmo tempo, judeu, russo e comunista. Como é que o senhor explica isso?, perguntou. É puro azar, disse Noel, deixando o homem perplexo. Tinha coragem, o Noel. Enfrentava um policial com a maior tranquilidade. Quanto a mim... A única inimiga que eu enfrentava era a mulher gorda que vinha comprar agulhas, a Pasionaria do crochê, a quem eu resistia com cara impassível. No Pasarás.
Assinale com V o(s) comentário(s) verdadeiro(s) e com F o(s) falsos(s), considerando a obra citada entre parênteses.
( ) No texto Reumatismo bruxólico, o autor faz referência ao Pão-por-Deus: uma forma de poesia praticada pelas comunidades açorianas. Um moço muito feio, Frumenço da Leocada, era tão feio que algumas pessoas achavam que o sujeito era um lobisomem. Demorou um tempo, mas o personagem acaba encontrando uma noiva, que,na verdade, era uma bruxa. (O Fantástico na Ilha de Santa Catarina) ( ) Em Adão e Eva, enquanto saboreia um doce, um grupo de amigos discute se a curiosidade é feminina ou masculina. Tal questão os faz lembrar a história de Adão e Eva. Ao ser consultado, um juiz-de-fora, Sr. Veloso, verifica que as coisas no paraíso aconteceram de maneira diversa daquela contada no primeiro livro do Pentateuco. Curiosos, todos o incitam a contar a “verdadeira” versão. De início, Sr. Veloso esclarece que não foi Deus quem criou o mundo, mas o Diabo, ou melhor, o Tinhoso. Deus deixou-lhe as mãos livres e cuidou somente de corrigir ou atenuar a obra. Assim, o primeiro criou as trevas, as tempestades, os furacões, os vegetais sem frutos, os abismos... e o segundo criou a luz, a brisa, as árvores frutíferas, o sol, a lua e as estrelas. (Várias Histórias) ( ) No romance, a autora aborda questões sociais que tocam os vários aspectos da condição humana de um povo que construiu sobre o solo árido do sertão nordestino uma identidade ou, por que não dizer, identidades que se materializam nos diversos papeis desempenhados por homens e mulheres que povoam a região Nordeste. (A Hora da Estrela) ( ) No romance, são encontrados traços autobiográficos. A obra é parte integrante de um projeto literário em que Scliar pretende referen-ciar, através da ficção em prosa, vultos da medicina no Brasil, como já havia feito com Osvaldo Cruz no romance Sonhos Tropicais. (A Majestade do Xingu) ( ) Pilar, um garoto de aproximadamente dez anos, narra sua primeira aula de corrupção, seguida de delação. Pouco assíduo às aulas da escola, certo dia resiste às “aulas da rua” e segue para a class do professor Policarpo, famoso por sua rigidez e destreza com a palmatória. Durante a aula, Raimundo, o filho do professor, propõe a Pilar que lhe ensine um capítulo de sintaxe em troca de uma moedinha de prata. Pilar hesita, mas a sensação de possuir uma pequena fortuna era grande: acaba aceitando a troca. (O Cortiço)
F - V - V - V - F
V - F - V - F - V
F - V - F - V - F
V - V - F - F - V
Señala la proposición que sintetiza la historia del texto.
Los mejores médicos del reino no habían curado a la joven enferma porque no atinaban con el diagnóstico.
El texto presenta una historia de amor no correspondido, con un previsible desenlace trágico.
El rey prometía una gran recompensa a quien curase a su amada y castigaba cruelmente a quienes no tenían éxito.
El texto cuenta la historia de una joven que prefiere morir antes que ser una mujer más en el harem de un rey musulmán.
Examina las siguientes proposiciones y ejecuta lo que después se pide en relación al vocablo subrayado.
I - El enfermo de cuya curación se desespera es un desahuciado. II - Los médicos que trataron a la enferma antes del hakim eran sólo embaucadores. III - Lo opuesto a la poligamia es la monogamia. IV - Quien fracasa es un fracasado, quien tiene éxito, exitado. V - Infalible, en el contexto, es sinónimo de eficaz.
¿Quál es la alternativa con todas las correctas?
I - III - V
II - III - IV
III - IV
IV - V
Señala la alternativa que completa, respectivamente, la pregunta y la respuesta de las frases que siguen.
¿ ___________ EL REY ORDENÓ QUE TRASLADARAN A LA ESCLAVA A PALACIO? ____________ QUERÍA HACERLA SU ESPOSA.
PORQUÉ - PARA QUE
PARA QUE - PARA
POR QUÉ - PORQUE
POR QUE - POR QUE
La impaciencia del Rey cuando dice, irritado (texto), ¡Di qué remedio es ése (…) y le será aplicado, cueste lo que cueste”!, puede parafrasearse como:
“!Quiero saber ya cuál es ese fármaco, para aplicarlo a la enferma antes de que expire!”.
“!Di cuanto antes si el remedio infalible se encuentra en mi reino y cuánto cuesta!”
“!Explica de qué remedio se trata. ¿Es acaso algo que yo no pueda costear?
“!Dime ya cuál es ese remedio, que se le aplicará a toda costa!”
Analisa las siguientes afirmaciones:
I - La esclava no sería concubina, SINO esposa del rey. II - El rey promete al hakim: “si curas a mi amada LE concederé lo que me pidas”. III - La esclava no amaba EL rey; amaba a uno de los criados.
IV - El remedio que el hakim proponía sería MUY doloroso para el rey. V - El médico que no trata bien a sus pacientes no es BUENO.
I - IV - V
Un vecino que no tiene buena fama de chofer, te pide prestado el coche. Antes de responder, consultas a dos amigos que lo conocen. Uno de ellos te dice: “PRÉSTASELO”. El otro, en cambio, te aconseja lo contrario.
¿Cuál es la forma correcta empleada por el segundo?
PRESTASELO NO.
NO SE LO PRESTES.
NO SE LO PRESTA.
NO LO PRESTES PARA EL.