Selecionamos as questões mais relevantes da prova de vestibular Enem 2020. Confira! * Obs.: a ordem e número das questões aqui não são iguais às da prova original.
Os recursos usados nesse pôster de divulgação de uma campanha levam o leitor a refletir sobre a necessidade de
criticar o tipo de tratamento dado à mulher.
rever o desempenho da mulher no trabalho.
questionar a sobrecarga de atribuições da mulher.
analisar as pesquisas acerca dos direitos da mulher.
censurar a mulher pelo uso de determinadas palavras.
Nesse pôster de divulgação de uma campanha que aborda a diversidade e a inclusão, a interação dos elementos verbais e não verbais faz referência ao ato de
estereotipar povos de certas culturas.
discriminar hábitos de grupos minoritários.
banir imigrantes de determinadas origens.
julgar padrões de beleza de diversas etnias.
desvalorizar costumes de algumas sociedades.
O escritor nigeriano Chinua Achebe traz uma reflexão sobre a situação dos refugiados em um cenário pós-guerra civil em seu país. Essa reflexão é construída no poema por meio da representação de uma mãe, explorando a(s)
demonstração de orgulho por não precisar pedir doações.
descrições artísticas detalhadas de uma obra conhecida.
aceitação de um diagnóstico de doença terminal do filho.
consternação ao visitar o túmulo do filho recém-falecido.
impressões sensoriais experimentadas no ambiente.
No poema de Robert Frost, as palavras “fault” e “blame” revelam por parte do eu lírico uma
culpa por não poder cuidar do pássaro.
atitude errada por querer matar o pássaro.
necessidade de entender o silêncio do pássaro.
sensibilização com relação à natureza do pássaro.
irritação quanto à persistência do canto do pássaro.
A passagem do romance da escritora nigeriana traz um diálogo entre duas mulheres negras: a cabeleireira, Aisha, e a cliente, Ifemelu. O posicionamento da cliente é sustentado por argumentos que
reforçam um padrão de beleza.
retratam um conflito de gerações.
revelam uma atitude de resistência.
demonstram uma postura de imaturidade.
evidenciam uma mudança de comportamento.
Vou-me embora p’ra Pasárgada foi o poema demais longa gestação em toda a minha obra. Vi pela primeira vez esse nome Pasárgada quando tinha os meus dezesseis anos e foi num autor grego. [...] Esse nome de Pasárgada, que significa “campo dos persas” ou “tesouro dos persas”, suscitou na minha imaginação uma paisagem fabulosa, um país de delícias, como ode L’invitation au Voyage, de Baudelaire. Mais de vinte anos depois, quando eu morava só na minha casa da Rua do Curvelo, num momento de fundo desânimo, da mais aguda sensação de tudo o que eu não tinha feito em minha vida por motivo da doença, saltou-me de súbito do subconsciente este grito estapafúrdio: “Vou-me embora p’ra Pasárgada!” Senti na redondilha a primeira célula de um poema, e tentei realizá-lo, mas fracassei. Alguns anos depois, em idênticas circunstâncias de desalento e tédio, me ocorreu omesmo desabafo de evasão da “vida besta”. Desta vezo poema saiu sem esforço como se já estivesse pronto dentro de mim. Gosto desse poema porque vejo nele, em escorço, toda a minha vida; [...] Não sou arquiteto, como meu pai desejava, não fiz nenhuma casa, mas reconstruí e “não de uma forma imperfeita neste mundo de aparências”, uma cidade ilustre, que hoje não é mais a Pasárgada de Ciro, e sim a “minha” Pasárgada.
BANDEIRA, M. Itinerário de Pasárgada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; Brasília: INL, 1984.
Os processos de interação comunicativa preveem a presença ativa de múltiplos elementos da comunicação, entre os quais se destacam as funções da linguagem. Nesse fragmento, a função da linguagem predominante é a
emotiva, porque o poeta expõe os sentimentos de angústia que o levaram à criação poética.
referencial, porque o texto informa sobre a origem do nome empregado em um famoso poema de Bandeira.
metalinguística, porque o poeta tece comentários sobre a gênese e o processo de escrita de um de seus poemas.
poética, porque o texto aborda os elementos estéticos de um dos poemas mais conhecidos de Bandeira.
apelativa, porque o poeta tenta convencer os leitores sobre sua dificuldade de compor um poema.
A frase, título do filme, reproduz uma variedade linguística recorrente na fala de muitos brasileiros. Essa estrutura caracteriza-se pelo(a)
uso de uma marcação temporal.
imprecisão do referente de pessoa.
organização interrogativa da frase.
utilização de um verbo de ação.
apagamento de uma preposição.
Slam do Corpo é um encontro pensado para surdos e ouvintes, existente desde 2014, em São Paulo. Uma iniciativa pioneira do grupo Corpo sinalizante, criado em 2008. (Antes de seguirmos, vale a explicação: o termo slam vem do inglês e significa — numa nova acepção para o verbo geralmente utilizado para dizer “bater com força” — a “poesia falada nos ritmos das palavras e da cidade”). Nos saraus, o primeiro objetivo foi o de botar os poemas em Libras na roda, colocar os surdos para circular e entender esse encontro entre a poesia e a língua de sinais, compreender o encontro dessas duas línguas. Poemas de autoria própria, três minutos, um microfone. Sem figurino, nem adereços, nem acompanhamento musical. O que vale é modular a voz e o corpo, um trabalho artesanal de tornar a palavra “visível”, numa arena cujo objetivo maior é o de emocionar a plateia, tirar o público da passividade, seja pelo humor, horror, caos, doçura e outras tantas sensações.
NOVELLI, G. Poesia incorporada. Revista Continente, n. 189, set. 2016 (adaptado).
Na prática artística mencionada no texto, o corpo assume papel de destaque ao articular diferentes linguagens como intuito de
imprimir ritmo e visibilidade à expressão poética.
redefinir o espaço de circulação da poesia urbana.
estimular produções autorais de usuários de Libras.
traduzir expressões verbais para a língua de sinais.
proporcionar performances estéticas de pessoas surdas.
É possível afirmar que muitas expressões idiomáticas transmitidas pela cultura regional possuem autores anônimos, no entanto, algumas delas surgiram em consequência de contextos históricos bem curiosos. “Aquele é um cabra da peste” é um bom exemplo dessas construções.
Para compreender essa expressão tão repetida no Nordeste brasileiro, faz-se necessário voltar o olhar para o século 16. “Cabra” remete à forma com que os navegadores portugueses chamavam os índios. Já “peste” estaria ligada à questão da superação e resistência, ou mesmo uma associação com o diabo. Assim, com o passar dos anos, passou-se a utilizar tal expressão para denominar qualquer indivíduo que se mostre corajoso, ou mesmo insolente, já que a expressão pode ter caráter positivo ou negativo. Aliás, quem já não ficou de “nhe-nhe-nhém” por aí? O termo, que normalmente tem significado de conversa interminável, monótona ou resmungo, tem origem no tupi-guarani e “nhém” significa “falar”.
Disponível em: http://leiturasdahistoria.uol.com.br. Acesso em: 13 dez. 2017.
A leitura do texto permite ao leitor entrar em contato com
registros do inventário do português brasileiro.
justificativas da variedade linguística do país.
influências da fala do nordestino no uso da língua.
explorações do falar de um grupo social específico.
representações da mudança linguística do português.
O ouro do século 21
Cério, gadolínio, lutécio, promécio e érbio; sumário, térbio e disprósio; hólmio, túlio e itérbio. Essa lista de nomes esquisitos e pouco conhecidos pode parecer a escalação de um time de futebol, que ainda teria no banco de reservas lantânio, neodímio, praseodímio, európio, escândio e ítrio. Mas esses 17 metais, chamados de terras-raras, fazem parte da vida de quase todos os humanos do planeta. Chamados por muitos de “ouro do século 21”, “elementos do futuro” ou “vitaminas da indústria”, eles estão nos materiais usados na fabricação de lâmpadas, telas de computadores, tablets e celulares, motores de carros elétricos, baterias e até turbinas eólicas. Apesar de tantas aplicações, o Brasil, dono da segunda maior reserva do mundo desses metais, parou de extraí-los e usá-los em 2002. Agora, volta a pensarem retomar sua exploração.
SILVEIRA, E. Disponível em: www.revistaplaneta.com.br. Acesso em: 6 dez. 2017 (adaptado).
As aspas sinalizam expressões metafóricas empregadas intencionalmente pelo autor do texto para
imprimir um tom irônico à reportagem.
incorporar citações de especialistas à reportagem.
atribuir maior valor aos metais, objeto da reportagem.
esclarecer termos científicos empregados na reportagem.
marcar a apropriação de termos de outra ciência pela reportagem.