Selecionamos as questões mais relevantes da prova de vestibular FUVEST 2019. Confira! * Obs.: a ordem e número das questões aqui não são iguais às da prova original.
Examine o anúncio.
No contexto do anúncio, a frase “A diferença tem que ser só uma letra” pressupõe a
necessidade de leis de proteção para todos que trabalham.
existência de desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho.
permanência de preconceito racial na contratação de mulheres para determinadas profissões.
importância de campanhas dirigidas para a mulher trabalhadora.
discriminação de gênero que se manifesta na própria linguagem.
O termo “Agora” pode ser substituído, respectivamente, em I e II e sem prejuízo de sentidos nos dois textos, por
Neste momento; Por conseguinte.
Neste ínterim; De fato.
Portanto; Ademais
Todavia; Então.
Doravante; Mas.
Nos fragmentos I e II, aqui adaptados, o crítico Antonio Candido avalia duas obras literárias, que são, respectivamente,
A Relíquia e Sagarana.
O Cortiço e Iracema.
Sagarana e O Cortiço.
Mayombe e Minha Vida de Menina.
Memórias Póstumas de Brás Cubas e Vidas Secas.
Atente para as seguintes afirmações relativas ao desfecho do romance A Relíquia, de Eça de Queirós:
I. O autor revela, por meio de Teodorico, sua descrença num Jesus divinizado, imagem que é substituída pela ideia de Consciência.
II. Ao ser sincero com Crispim, Teodorico conquista a vida de burguês que sempre almejou.
III. Teodorico dá ouvidos à mensagem de Cristo, arrepende‐se de sua hipocrisia beata e abraça a fé católica.
Está correto o que se afirma apenas em
I.
II.
I e II.
II e III.
I e III.
Com base nos trechos acima, é adequado afirmar:
Para Alencar, a literatura brasileira deveria ser capaz de representar os valores nacionais com o mesmo espírito do europeu que sorve o figo, a pera, o damasco e a nêspera.
Ao discutir, no primeiro trecho, a importação de ideias e costumes, Alencar propõe uma literatura baseada no abrasileiramento da língua portuguesa, como se verifica no segundo trecho.
O contraste entre os verbos “chupar” e “sorver”, empregados no primeiro trecho, revela o rebaixamento de linguagem buscado pelo escritor em Iracema.
Em Iracema, a construção de uma literatura exótica, tal como se verifica no segundo trecho, pautou‐se pela recusa de nossos elementos naturais.
Ambos os trechos são representativos da tendência escapista de nosso romantismo, na medida em que valorizam os elementos naturais em detrimento da realidade rotineira.
No trecho “outras remexe o uru de palha matizada”, a palavra sublinhada expressa ideia de
concessão.
finalidade.
adição.
tempo.
consequência.
Considerando os poemas, assinale a alternativa correta.
As noções de que a identidade do poeta independe de sua existência biográfica, no “Sonetilho”, e de que o mito se perpetua para além da vida, em “Ulisses”, produzem uma analogia entre os poemas.
As referências a Mefisto (“diabo”, na lenda alemã de Fausto) e a Deus no “Sonetilho” e em “Ulisses”, respectivamente, associadas ao polo de opostos “morte” e“vida”, revelam uma perspectiva cristã comum aos poemas.
O resgate da forma clássica, no “Sonetilho”, e a referência à primeira pessoa do plural, em “Ulisses”, denotam um mesmo espírito agregador e comunitário.
O eu lírico de cada poema se identifica, respectivamente,com seus títulos. No poema de Drummond, trata‐se de alguém referido como “falso Fernando Pessoa”, já no poema de Pessoa, o eu lírico é “Ulisses”.
Os versos “As coisas tangíveis / tornam‐se insensíveis / à palma da mão. // Mas as coisas findas, / muito mais que lindas, / essas ficarão”, de outro poema de Claro Enigma, sugerem uma relação de contraste com os poemas citados.
O oxímoro é uma “figura em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir‐se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão” (HOUAISS, 2001). No poema “Sonetilho do falso Fernando Pessoa”, o emprego dessa figura de linguagem ocorre em:
“Onde morri, existo” (L. 2).
“E das peles que visto / muitas há que não vi” (L. 3‐4).
“Desisto / de tudo quanto é misto / e que odiei ou senti” (L. 6-8).
“à deusa que se ri / deste nosso oaristo” (L. 10‐11).
“mas não sou eu, nem isto” (L. 14).
Esse texto, extraído de Sagarana, de Guimarães Rosa,
antecipa o destino funesto do ex‐militar Cassiano Gomes e do marido traído Turíbio Todo, em “Duelo”, ao qual serve como epígrafe.
assemelha‐se ao caráter existencial da disputa entre Brilhante, Dansador e Rodapião na novela “Conversa de Bois”.
reúne as três figurações do protagonista da novela “A hora e vez de Augusto Matraga”, assim denominados: Augusto Estêves, Nhô Augusto e Augusto Matraga.
representa o misticismo e a atmosfera de feitiçaria que envolve o preto velho João Mangalô e sua desavença com o narrador‐personagem José, em “São Marcos”.
constitui uma das cantigas de “O burrinho Pedrês”, em que a sagacidade da boiada se sobressai à ignorância do burrinho.
Entre os dois trechos do romance, nota‐se o movimento que vai da memória de vivências à revisão que o defunto autor faz de um mesmo episódio. A citação, pertencente a outro capítulo do mesmo livro, que melhor sintetiza essa duplicidade narrativa, é:
“A conclusão, portanto, é que há duas forças capitais: o amor, que multiplica a espécie, e o nariz, que a subordina ao indivíduo”.
“Obra de finado. Escrevi‐a com a pena da galhofa e a tintada melancolia, e não é difícil perceber o que poderá sair desse conúbio”.
“Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; vício grave, e aliás ínfimo, porque o maior defeito do livro és tu, leitor”.
“Viver não é a mesma cousa que morrer; assim o afirmam todos os joalheiros desse mundo, gente muito vista na gramática”.
“Não havia ali a atmosfera somente da águia e do beija‐flor; havia também a da lesma e do sapo”.