Selecionamos as questões mais relevantes da prova de vestibular PUC-SP 2015/1. Confira! * Obs.: a ordem e número das questões aqui não são iguais às da prova original.
"Os efeitos políticos do suicídio de Getúlio Vargas (1882-1954), que hoje completa 60 anos, já se dissiparam há muito tempo, mas o ato continua a reverberar pela singularidade. Num homem tão racional e metódico, mesmo os lances da paixão foram comedidos pelo cálculo. Psicologia à parte, o extraordinário nesse suicídio é seu alcance político — num derradeiro passe de mágica o velho prestidigitador inverte a maré, derrota os inimigos quando mal haviam aberto o champanhe e se consagra na memória popular, comandando seu vasto eleitorado por algumas décadas desde o alémtúmulo." Otavio Frias Filho. “Mil disfarces de Getúlio Vargas convergem num gesto de coerência”, in Folha de S. Paulo, 24.08.2014. Adaptado.
Segundo o texto, com o suicídio, que "continua a reverberar", Vargas "se consagra na memória popular, comandando seu vasto eleitorado por algumas décadas desde o além-túmulo". Pode-se exemplificar tal afirmação com a:
influência exercida pelas ideias sociais de Vargas sobre o movimento operário da região do ABC paulista, durante o regime militar, e com a atual hegemonia política do Partido dos Trabalhadores (PT).
persistência da imagem de Vargas como “pai dos pobres' e com a grande força política do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) até a metade da década de 1960.
consolidação do ideal social-democrata de Vargas na atual política brasileira e com sua condição de precursor do ideário do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
implantação, na década de 1960, de um regime militar no Brasil e com a defesa, por parte da maioria da população brasileira, de regimes políticos centralizadores e autoritários.
derrota de seus adversários nas eleições presidenciais de 1955 e 1960 e com a realização de profundas reformas sociais ao longo das décadas de 1970 e 1980.
Leia:
“No final da semana passada a epidemia de ebola na África do Oeste atingiu uma cifra sinistra. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de mortos pela doença ultrapassou 3 mil pessoas, num total de 6.574 casos suspeitos ou confirmados. Um estudo feito pelos Centers for Disease Control (CDC), rede de órgão do governo americano, cuja sede se encontra perto de Atlanta, indica que a cada 30 dias o número de novos casos diários de ebola triplica. Na hipótese mais pessimista haveria 1,4 milhões de pessoas contaminadas na África do Oeste, no próximo mês de janeiro.” (Luiz Felipe de ALENCASTRO. O ebola é um desafio da saúde pública no século 21.http://noticias.uol.com.br/blogs-ecolunas/coluna/luiz-felipe-alencastro/2014/09/29/o-ebola-e-umdesafio-da-saude-publica-no-seculo-21.htm, 29/09/2014)
Considerando essa epidemia e as condições geográficas das regiões onde ela se origina pode ser afirmado que:
ela está restrita apenas às zonas rurais e mais florestadas (que no caso da África são bastante habitadas), pois seus agentes transmissores não sobrevivem em ambientes urbanos.
a falta de meios e ações preventivas, assim como de assistência nas concentrações urbanas dos países do oeste africano, aumenta o risco de a epidemia ganhar outras localidades do planeta.
a baixa conexão entre a África e outros continentes, que implica uma movimentação mínima das pessoas desses países, diminui o risco de essa epidemia atingir outras partes do mundo.
essa doença é própria dos climas tropicais e sua área possível de expansão terá de ter as mesmas características, o que elimina os riscos dessa epidemia no hemisfério norte temperado.
ela está confinada a apenas alguns países africanos, pois a circulação intracontinental é ínfima por falta de ligações geográficas, logo não há risco de essa doença se espalhar no continente.
“Os sistemas da Sabesp na Grande São Paulo produzem 6 milhões de m³ por dia de [água potável], mas quase metade vem de bacias fora da zona metropolitana, como a bacia PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), que alimenta o [sistema] Cantareira. [Nessas bacias] as chuvas estão há dois anos abaixo das médias mensais. No acumulado de 2013, o pior ano, as represas registraram 1.090 mm de precipitação – a média anual é de 1.566 mm.” (Tudo sobre: crise da água in Folha de S. Paulo, 14/09/2014, p. 6)
Considerando a estiagem atual que expôs parte importante da população do estado de São Paulo a uma crise de abastecimento de água, é correto afirmar que:
a estiagem estende-se pelo interior de São Paulo e também em Minas Gerais, áreas moderadamente chuvosas, afetando as bacias que abastecem os reservatórios de São Paulo.
a estiagem é específica na região metropolitana de São Paulo, área de clima subúmido, cujo verão é mais chuvoso do que foi o último.
não adianta a estiagem ceder nas bacias que abastecem os reservatórios, se não chover na área da metrópole, onde há a concentração urbana.
estiagens como essa são comuns, pois a cidade de São Paulo está numa área que tem estações secas bem pronunciadas, sem estações muito chuvosas.
por mais que se aumentem os reservatórios, a situação não se resolverá, pois a questão não é ter mais reservatórios e sim combater as mudanças climáticas.
Considerando a dinâmica climática brasileira e a estiagem atual, pode ser dito que:
áreas menos suscetíveis a estiagem, como o sul do país, estão vivendo-a com frequência, e logo as mudanças climáticas obrigar-nos-ão a redesenhar o mapa climático do Brasil.
as mudanças climáticas criam paradoxos no mapa climático do Brasil, com estiagens fortes nas regiões de climas úmidos e com períodos chuvosos mais longos nas áreas de climas secos.
o Centro-Oeste brasileiro e os estados de São Paulo e de Minas Gerais, que sempre tiveram seus territórios livres do problema da estiagem, sofrem agora com esse problema em razão do aquecimento global.
as regiões brasileiras influenciadas por frentes frias têm o clima mais úmido do país e são aquelas que, nesse momento, estão livres das estiagens que afetam algumas zonas metropolitanas e certas bacias hidrográficas.
as áreas de climas úmidos que estão sob o efeito de situações de estiagem que atingem o país não são áreas que estão em meio a vastas zonas úmidas e sim nas proximidades de áreas e regiões que registram climas mais secos.
“Está em jogo o que queremos da cidade. Nossas cidades foram sequestradas pelo automóvel. Todo ser racional sabe que esse é um caminho péssimo. Quase tudo que se faça para melhorar a cidade exige enfrentar o carro.” (Renato Janine RIBEIRO. Tachinhas e privilégios. In O Estado de S. Paulo (Aliás), 15/10/2014, p. E8)
Essa opinião surge em reação a certa hostilidade presente na cidade de São Paulo às iniciativas que favorecem o uso cotidiano da bicicleta. Considerando esse fato e o que o texto menciona, é correto dizer que:
o autor exagera, pois a automobilização das capitais brasileiras encontra-se em claro declínio, em razão dos protestos populares e dos investimentos agora feitos nos meios coletivos de transportes.
embora a automobilização das cidades brasileiras seja problemática, não quer dizer que esse caminho seja péssimo, pois as cidades europeias, asiáticas e americanas demonstraram a eficiência desse meio.
não é preciso combater os carros, pois é possível criar estacionamentos subterrâneos, multiplicar as vias expressas e criar ambientes adequados aos automobilistas, algo que não se faz nas cidades brasileiras.
as cidades têm como vantagem conseguir reunir muitas pessoas, objetos e atividades em curtas distâncias que favorecem o pedestre, o ciclismo e os transportes coletivos, e o automóvel é uma contradição, nesse caso.
bicicletas e automóveis nas grandes cidades combinam bem, como demonstram cidades europeias onde esses dois meios são muito utilizados; basta planejamento, como nas cidades holandesas, por exemplo.
“Se algum acordo de comércio tinha tudo para dar certo foi aquele firmado entre México, Estados Unidos e Canadá. Sancionado em 1994, o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) criou o que era, na época, a maior área de livre-comércio do mundo, com 376 milhões de pessoas e um PIB de quase 9 trilhões de dólares.” (Joseph E. Stiglitz. Globalização: como dar certo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 137)
Tendo em vista essa informação e considerando as questões comerciais da chamada globalização, pode ser dito que:
esse acordo comercial, mesmo considerando as desigualdades entre México e EUA, foi bem sucedido e trouxe novas possibilidades à nação mexicana, algo que no contexto da globalização é praticamente o único caso de sucesso.
esse pacto abriu o país mais rico do mundo ao México e assim esses países continuaram a sua história compartilhada, agora de forma institucionalizada, mostrando que países pobres se beneficiam com o livre-comércio.
na era da globalização ocorrem vários pactos comerciais – regionais ou não, que nem sempre foram (e são) bem sucedidos, e vários são vistos como contrários à lógica do livre-comércio, já que privilegiam os países membros dos acordos.
acordos comerciais regionais, como o citado, fracassaram em razão da condição desigual dos membros, e por isso só se insiste, no mundo globalizado, em acordos e uniões com membros mais homogêneos, como a União Europeia.
tal como o Nafta, o Mercosul é bem sucedido pelas associação com os EUA formando a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), pois o sucesso está em combinar países de economias de pesos e formas diferentes.
In paragraph 1, the question "But will we ever be able to have a proper natter with a robot?" means:
Will we ever be able to talk to a robot continuously for a long time without any particular purpose?
Will we ever be able to exchange secrets with a robot?
Will we ever be able to play games on the net with a robot?
Will we ever be able to make a robot obey us?
Will we ever be able to make robots procreate?
No parágrafo 4, Cheok e seus pesquisadores conseguiram criar um robô:
semelhante a Henri Kissinger.
sensível, com visão romântica.
que troca sensações com humanos facilmente.
capaz de enviar beijos à distância.
capaz de digitalizar sensações.
No parágrafo 5, o professor Noel Sharkey falará sobre:
o progresso da inteligência artificial.
as causas benéficas da tecnologia do futuro.
os cuidados com a criação de robôs inteligentes.
os feitos alcançados por robôs inteligentes.
as ameaças bélicas advindas da criação de robôs.
No parágrafo 6, na sentença "Paro, a robo-seal developed in Japan, showcases one of the burgeoning applications for robots in health and social care", a expressão burgeoning applications significa:
aplicações que são úteis para a saúde.
aplicações nefastas à saúde.
aplicações que estão se desenvolvendo rapidamente.
aplicações que devem ajudar pacientes burgueses.
aplicações ainda sendo testadas em robôs.