Selecionamos as questões mais relevantes da prova de vestibular UDESC 2019/2. Confira! * Obs.: a ordem e número das questões aqui não são iguais às da prova original.
Analise as proposições em relação à obra Quarto de despejo: diário de uma favelada, Carolina Maria de Jesus, e ao Texto 2.
I. A fome permeia toda a narrativa - o diário. Carolina mostra a preocupação que tem em alimentar-se e a seus filhos, assim todo o dinheiro é utilizado, basicamente, para comprar alimentos. Logo, a fome por ser uma figura constante na obra, permear a todo o momento o cotidiano das personagens, torna-se personagem simbólica.
II. A leitura da obra mostra a preocupação de Carolina com a filha Vera, o que é reforçado pelas expressões “trazer os sapatos” (linha 4), “pagar os sapatos” (linha 6) “idealizando o cardapio” (linha 8) e “ comprar os sapatos” (linha 15).
III. O sinal de pontuação reticências, no segundo parágrafo (linha 14), é usado para indicar uma ideia que se prolonga, deixando que a conclusão fique por conta da interpretação do leitor.
IV. A leitura da obra leva o leitor a inferir que, pela forma da escrita, os fatos são contados a partir da opinião da autora; Carolina revela-se, realmente, a porta-voz da vida na favela, pois ela traz um probabilismo de dentro da favela, mostrando, com maior verossimilhança e riqueza de percepção, o cotidiano dos favelados.
V. Na estrutura “Lembrei que havia deixado a sacola no deposito” (linhas 15 e 16) o verbo lembrar estabelece regência sem preposição, pois indica o ato de sugerir, trazer algo à memória e por ser um verbo não pronominal.
Assinale a alternativa correta.
Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.
Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
Todas as afirmativas são verdadeiras.
I. Em “Mas ele não me fez mal nenhum” (linha 10) e “Até emprestou-me dinheiro” (linhas 10 e11), quanto à colocação pronominal, na primeira oração tem-se o pronome proclítico, devido à palavra com sentido negativo, e na segunda tem-se o pronome enclítico, que, de acordo com a língua padrão culta, deveria estar proclítico devido à palavra até que possui, também, sentido de obrigatoriedade.
II. Em “Ele disse-me: - Você saiu correndo e esqueceu a sacola” (linhas 16 a 18), na transposição da fala da personagem para o discurso indireto é correto dizer: Ele disse-me que eu havia saído correndo e esquecido a sacola.
III. A leitura da narrativa permite observar que nos primeiros relatos Carolina revela sensibilidade ética em relação à política, quando narra as condições de vida das pessoas pobres, miséria, fome, falta de educação, divisão de classes, exclusão social e ideologia da época, enfim procura mostrar a sua preocupação com a sociedade e a política. E tudo vai se diluindo, conforme suas reflexões e o avanço da narrativa.
IV. A publicação da obra, em formato do gênero discursivo-diário, de Carolina Maria de Jesus, mostrando a triste realidade das favelas brasileiras, marcadas pelos sistemas de dominação e exploração das mulheres, minorias políticas, dos negros e pobres, e o descaso social e político para com os menos favorecidos, foi um fator para amenizar a situação degradante das favelas na sociedade contemporânea.
V. Da leitura do período “Todos os dias é a mesma luta” (linha 2), depreende-se a rotina da catadora de lixo, desvelando uma mulher cuja existência é sinônimo de resistência, pois é desta rotina que traz o sustento para a família.
Somente as afirmativas II e V são verdadeiras.
Analise as proposições em relação à obra Melhores contos, Lygia Fagundes Telles, ao conto Eu era mudo e só, ao Texto 3 e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.
( ) Na obra, os contos são impregnados de realidade e fantasia, repletos de simbologia, com diálogos próximos a uma linguagem cotidiana.
( ) Da leitura do conto Eu era mudo e só infere-se a imagem do casamento perfeito, entretanto esta perfeição está repleta de infelicidade e de falta de emoção.
( ) No período “Não importa, jovem” (linha 17), a palavra destacada é, na morfossintaxe, substantivo e sujeito posposto ao verbo, o que justifica o emprego da vírgula.
( ) No conto, é pelo relato da personagem Manuel que o leitor percebe que Fernanda, a esposa dele, é uma mulher vaidosa, superficial e oriunda de uma família de poder aquisitivo elevado.
( ) Na estrutura “E teve aquele sorriso especialíssimo” (linha 13), a palavra destacada, na morfologia, é adjetivo no grau superlativo absoluto sintético e reforça a ideia da palavra antecedente.
Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.
V – F – F – V – F
V – V – F – V – V
F – V – F – V – F
V – F – F – V – V
F – V – V – F – V
Analise as proposições em relação ao conto Eu era mudo e só, Lygia Fagundes Telles, e ao Texto 3.
I. Em “Sei que o senhor é jornalista” (linha 8) há, quanto à sintaxe, um período com duas orações, sendo que a segunda, em relação à primeira, classifica-se como oração subordinada substantiva objetiva direta.
II. Da leitura do conto, infere-se que Manuel muda de profissão e, no entanto, não se sente atraído pela nova atividade, tornando-se acomodado, conformado e vendo os anos passarem sem alegria.
III. O conto tem desfecho trágico, pois Manuel, na ânsia de ver-se livre de uma relação castradora, comete Feminicídio.
IV. A oração “Entre para a firma, meu jovem” (linha 14) apresenta o verbo na 3ª. pessoa do singular, do Imperativo Afirmativo. Conservando-se o Imperativo Afirmativo e flexionando-se o verbo na 3ª. pessoa do plural tem-se: Entrai para a firma, meus jovens.
V. No período “E teve aquele sorriso especialíssimo, cujo sentido não consegui alcançar” (linhas 13 e 14) há um exemplo de coesão, baseado no emprego do pronome relativo cujo, sendo que a estrutura acima ocorre da união das seguintes orações: E teve aquele sorriso especialíssimo / O sentido daquele sorriso não consegui alcançar.
Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras.
Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
( ) Na obra há, em alguns contos, uma viagem à literatura do fantástico, do mistério e do maravilhoso como se observa nos contos Seminário dos ratos, A caçada e Mão no ombro.
( ) Da leitura do conto, infere-se que a personagem Manuel sente-se só e tem uma existência vazia, mesmo junto à mulher e à filha.
( ) Nos períodos “Voltei-me para Fernanda que se sentara ao piano” (linhas 4 e 5),“Fernanda vai querer ter o mesmo nível de vida que tem agora” (linhas 9 e 10) e “examinava a garrafa que tinha um rótulo pomposo” (linha 16) as palavras destacadas são, na morfologia, pronomes relativos e têm como antecedentes, na sequência, Fernanda, nível de vida e garrafa.
( ) O conto é pontuado por poucos diálogos, porém, mesmo sendo poucos, refletem uma profunda análise da vida matrimonial e social de Fernanda e Manuel, como também, dos pais de Fernanda.
( ) Da leitura do segmento “Sei que o senhor é jornalista, mas está visto que depois do casamento vai ter que se ocupar com outra coisa” (linhas 8 e 9), infere-se a pressão do senador, pai de Fernanda, para que Manuel tenha uma vida profissional com mais recursos financeiros para que continue a manter os desejos materiais e a condição social de Fernanda.
V – F – V – F – V
F – V – V – V – V
V – V – F – F – F
V – V – V – F – V
F – V – V – V – F
Analise as proposições em relação à obra Melhores poemas, Manuel Bandeira, e ao Texto 4.
I. Da leitura do título do poema, infere-se um ambiente sombrio o qual se concretiza no tema do poema, ou seja, presença da morte.
II. Da leitura dos versos 4 e 5, infere-se que o eu-lírico sente a presença de alguém no quarto, ainda que nada possa ver; e nos versos 7 e 8 ele tem a sensação de que alguém se senta na cama.
III. Da leitura do verso “Pois bendita a que voltou!” infere-se, simbolicamente, a materialização da morta, reforçada pelo adjetivo bendita.
IV. No verso “Não vi ninguém, mas alguém”, as palavras destacadas, morfologicamente, são pronomes indefinidos e introduzem, na sintaxe, orações com sujeito indeterminado.
V. Da leitura do poema, infere-se que não há, por parte do eu-lírico, medo ou tristeza pela invasão da morte e que a “visita” provoca reflexões sobre a impotência sentida em várias etapas da vida dele.
Somente as afirmativas I, II, III e V são verdadeiras.
Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
Somente as afirmativas I, III, IV e V são verdadeiras.
Somente as afirmativas IV e V são verdadeiras.
Assinale a alternativa incorreta em relação à obra Melhores poemas, Manuel Bandeira, e ao Texto 4.
Nos versos “Deitei-me na cama, e perto” e “Da cama alguém se sentou”, quanto à colocação pronominal tem-se, na sequência, ênclise, que se justifica porque o verbo inicia a oração e próclise, que se justifica pelo pronome indefinido alguém.
Da leitura do poema, infere-se que, embora o tema faça referência à morte, esta é encarada com saudosismo, porque também remete à infância – fase da inocência, que ficou no passado.
No poema há a presença de rimas pobres - mesma classe gramatical – como “mudou” e “sentou”, e rimas ricas – classes gramaticais diferentes – como “deserto” e “perto”.
Da leitura da última estrofe, infere-se que o eu-lírico fica extasiado diante a presença da “morta”, até então uma incógnita para ele.
No verso “Pois bendita a que voltou”, as palavras destacadas são, na morfologia, pronome demonstrativo e conjunção subordinada integrante, respectivamente.
I. Os poemas, que compõem a obra, encontram-se estritamente no que pregava a 1ª. fase modernista, ou seja, são poemas, quanto à metrificação, com versos livres.
II. No verso “Não vi ninguém, mas alguém”, a palavra destacada pode ser substituída por no entanto, sem prejuízo ao sentido no poema.
III. Do questionamento existente no verso “Que morta? A inocência? A infância?”, infere-se uma análise da vivência do eu-lírico, uma reanalise dos próprios atos da vida.
IV. A leitura dos versos 15 e 16 leva o leitor a inferir que um dia todos irão morrer, isto é, de que a morte bate à porta de todos, conforme adágio popular.
V. O verso “Três vezes bendita a morte” remete à religiosidade do poeta, quando ele faz referência à Santíssima Trindade.
Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
Somente as afirmativas III, IV e V são verdadeiras.
Somente as afirmativas III e V são verdadeiras.
Uma forma simples de medir o tempo de reação de um indivíduo é observar quanto tempo ele leva para fechar a mão e segurar uma régua graduada em queda livre. A Figura 1 mostra duas imagens. Uma com a mão aberta e uma régua graduada acima no momento em que ela é solta. A outra imagem mostra o momento em que a régua é segurada, registrando-se a distância h percorrida pela régua em queda livre.
Dois participante fizeram esse teste de reação. O participante A registrou uma altura h e o participante B registrou h/2.
Assinale a alternativa que corresponde à razão entre os tempos de reação tA / tB.
2
1/2
1/4
Considere um balão esférico de raio R cheio de ar, com a metade do seu volume fora e a outra metade dentro d’água. O balão está amarrado por uma corda que se encontra completamente esticada, como mostra a Figura 2.
Sabendo-se que dar e dágua correspondem, respectivamente, à densidade do ar e à da água, assinale a alternativa que corresponde ao módulo da tensão na corda.