Selecionamos as questões mais relevantes da prova de vestibular UERJ 2016 1º Exame. Confira! * Obs.: a ordem e número das questões aqui não são iguais às da prova original.
O curioso deste “dicionário infantil” é como as crianças definem o mundo através daquilo que os adultos já não conseguem perceber. (l. 4-5)
Adultos e crianças, embora usando a mesma linguagem, não veem e não descrevem o mundo da mesma maneira.
Com base no conteúdo desse fragmento, pode-se concluir que qualquer descrição da realidade apresenta a seguinte característica:
requer alguém que a realize sem receio
necessita de que se faça formulação detalhada
depende da perspectiva daquele que observa
mostra-se precisa para os que já amadureceram
Uma afirmação paradoxal contém alguma contradição interna.
Um exemplo de afirmação paradoxal é identificado em:
Adulto: pessoa que, em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma. (l. 11)
Guerra: gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz. (l. 19)
Mãe: mãe entende e depois vai dormir. (l. 21)
Paz: quando a pessoa se perdoa. (l. 22)
“uma criança é um amigo que tem o cabelo curtinho, não toma rum e vai dormir cedo”. (l. 8-9)
Na definição acima, o trecho sublinhado contém duas comparações implícitas, que têm como referência o mundo dos adultos.
Essas comparações são feitas por meio do seguinte recurso:
oposição
gradação
classificação
reformulação
Escuridão: é como o frescor da noite. (l. 18)
O verbete citado apresenta uma definição poética para o termo “escuridão”.
Essa afirmativa pode ser justificada pelo fato de a autora do verbete ter optado por:
priorizar as crenças antes de se pautar pela racionalidade
construir uma figuração particular sem se ater ao fenômeno físico
expressar seu medo da noite no lugar de descrevê-la minuciosamente
apoiar-se na linguagem denotativa ao invés de elaborar um argumento conotativo
Por meio da generalização, pode-se atribuir um determinado conjunto de traços que não se relacionam apenas com o que está sendo nomeado.
O melhor exemplo desse procedimento de generalização está presente em:
Branco: o branco é uma cor que não pinta. (l. 13)
Camponês: um camponês não tem casa, nem dinheiro, somente seus filhos. (l. 14)
Céu: de onde sai o dia. (l. 15)
Universo: casa das estrelas. (l. 25)
As ausências da moldura e da imagem são recursos gráficos que contribuem para o sentido do texto.
A relação entre esses recursos gráficos e a mensagem contida no terceiro quadrinho possui um sentido de:
ironia
reforço
negação
contradição
No último quadrinho, formula-se uma analogia moral, quando se sugere que não é possível ver tudo o que acontece à frente dos olhos.
A partir dessa analogia, pode-se chegar à seguinte conclusão:
a verdade absoluta não existe
a existência não tem explicação
o homem não é o centro do mundo
o curso da vida não pode ser mudado
O personagem presente no último quadrinho é um ácaro, um ser microscópico. Suas falas têm relação direta com seu tamanho. No contexto, é possível compreender a imagem do personagem como uma metonímia.
Essa metonímia representa algo que se define como:
invisível
expressivo
inexistente
contraditório
Em sua origem grega, o termo “eufemismo” significa “palavra de bom agouro” ou “palavra que deseja o bem”. Como figura de linguagem, indica um recurso que suaviza alguma ideia ou expressão mais chocante.
Na crônica, o autor enfatiza o aspecto negativo dos eufemismos, que serviriam para distorcer a realidade.
De acordo com o autor, o eufemismo camufla a desigualdade social no seguinte exemplo:
fracasso é crise (l. 8)
peste é pandemia (l. 11)
magricela é anoréxica (l. 11)
rico é corrupto (l. 18)
Frei Betto inicia seu texto com uma citação do escritor uruguaio Eduardo Galeano, recorrendo a recurso comum de argumentação.
Esse recurso constitui um argumento de:
comparação
causalidade
contestação
autoridade