Selecionamos as questões mais relevantes da prova de vestibular UFMS 2010. Confira! * Obs.: a ordem e número das questões aqui não são iguais às da prova original.
Observe o emprego das conjunções nos períodos abaixo.
I. Ora Maria estuda História, ora ela ouve música.
II. Ou você estuda História, ou você ouve música.
III. Se você for estudar História, não ouvirá música.
IV. Se você for ouvir música, não estudará História.
Levando em consideração que a conjunção é um dos elementos linguísticos responsáveis pela orientação argumentativa do discurso, é correto afirmar:
O sentido de alternância só ocorre no caso de I, pois é possível que a pessoa, no caso Maria, faça as duas coisas: estudar e ouvir música.
Em II, III e IV não existe a possibilidade de as duas coisas se realizarem, porque há a ideia de uma exclusão explícita, marcada tanto pela conjunção “ou” como pela conjunção “se”.
A idéia de alternância está presente em todos os períodos, uma vez que se trata de períodos compostos por orações subordinadas alternativas.
A alternância é nítida em II, III e IV, que são períodos cujas orações classificam-se como “condicionais”.
A conjunção “ou” nem sempre expressa exclusão.
A respeito do uso das conjunções nos períodos dadas, devem ser marcadas as alternativas corretas:
Os períodos são: “I. Ora Maria estuda História, ora ela ouve música”, “II. Ou você estuda História, ou você ouve música”, “III. Se você for estudar História, não ouvirá música” e “IV. Se você for ouvir música, não estudará História”.
As alternativas corretas são:
2) Em II, III e IV não existe a possibilidade de as duas coisas se realizarem, porque há a ideia de uma exclusão explícita, marcada tanto pela conjunção “ou” como pela conjunção “se”.
16) A conjunção “ou” nem sempre expressa exclusão.
As alternativas incorretas são:
1) Em todas as frases há sentido de alternâncias, pois não há a sugestão de que as ações acontecem ao mesmo tempo, mas sim separadamente.
4) Está incorreta pois as orações são COORDENADAS e não subordinadas, e os dois últimos períodos contêm orações CONDICIONAIS e não alternativas.
8) Esta incorreta pois o período II contém orações ALTERNATIVAS e não condicionais.
Faça uma análise sintática da oração abaixo e, a seguir, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).
A ordem, meus amigos, é a base do governo.
A ordem é sujeito simples; é a base do governo é predicado nominal.
A expressão meus amigos é aposto.
A, meus, a, do governo são adjuntos adnominais.
é - verbo transitivo direto.
a base do governo é predicativo do objeto.
A questão pede que sejam marcadas as afirmativas corretas de acordo com a análise sintática da frase: “A ordem, meus amigos, é a base do governo”. As alternativas corretas são a 1) “A ordem é sujeito simples; é a base do governo é predicado nominal.” e a 4) “A, meus, a, do governo são adjuntos adnominais.”.
A afirmativa 2 está incorreta pois a expressão meus amigos não é aposto, e sim VOCATIVO.
A afirmativa 8 está incorreta, pois o a forma verbal “é”, na verdade é um VERBO DE LIGAÇÃO e não um verbo transitivo direto.
A afirmativa 16 está incorreta pois o termo “a base do governo” é PREDICATIVO DO SUJEITO e não do objeto.
Dois recipientes iguais contêm a mesma quantidade de água e estão sobre duas balanças iguais. Dois objetos, A e B, impermeáveis e de mesmo volume, são mantidos imersos e em repouso na água através de duas hastes rígidas de volumes e massas desprezíveis com relação aos objetos. Um objeto é feito de cortiça com uma densidade menor que a da água, e o outro é maciço e feito de chumbo, veja a figura. Com fundamentos na mecânica dos fluídos, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).
A balança da esquerda indica uma massa maior que a balança da direita.
O módulo da força que a haste aplica na cortiça é menor que o módulo da força que a haste aplica no chumbo.
A força que a água exerce na cortiça é maior que a força que a água exerce no chumbo.
As diferenças de massas que as balanças indicam entre antes e depois de colocar os objetos imersos são diferentes.
A diferença de massa que a balança da esquerda indica entre antes e depois de colocar a cortiça imersa é igual à massa da água que foi deslocada.
Dois fluidos, A e B, não miscíveis foram despejados no interior de um tubo em forma de U, e após o equilíbrio encontram-se como mostra a figura. Três pares de pontos (1 e 2); (3 e 4) e (5 e 6) estão imersos nos fluidos e em níveis diferentes, e cada par está no mesmo nível. Com fundamentos na mecânica dos fluidos, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).
A densidade do fluido B é maior que a densidade do fluido A.
A pressão no ponto 2 é maior que a pressão no ponto 1.
A pressão no ponto 5 é maior que no ponto 6.
Um corpo totalmente imerso no fluido B ficará submetido a um empuxo menor do que quando esse mesmo corpo estiver totalmente imerso no fluido A.
A pressão no ponto 3 é igual à pressão no ponto 4.
Os morcegos, quando voam, emitem ultrassom para que, através das reflexões ocorridas pelos obstáculos à sua frente, possam desviar deles, e também utilizam esse mecanismo para se orientarem durante seu vôo. Imagine um morcego voando em linha reta horizontal com velocidade V, em direção a uma parede vertical fixa. Considere que não esteja ventando e que a fonte sonora no morcego seja puntiforme e então, quando ele ainda está a uma certa distância da parede, emite uma onda sonora com uma frequência f de ultrassom. Com fundamentos da mecânica ondulatória, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).
A velocidade das ondas sonoras que possuem frequência de ultrassom é maior que a velocidade de ondas sonoras que possuem frequência menor que as de ultrassom.
A velocidade da onda sonora no ar, emitida pelo morcego em movimento, é diferente da velocidade da onda sonora no ar emitida pelo morcego quando em repouso.
A frequência da onda sonora, refletida pela parede e percebida pelo morcego, é maior que a frequência da onda sonora emitida por ele.
A velocidade da onda sonora no ar, refletida pela parede, é igual à velocidade da onda sonora no ar emitida pelo morcego.
Esse efeito de mudança na frequência de ondas sonoras emitidas por fontes em movimento chama-se batimento.
É difícil imaginarmos, em nosso cotidiano, até que ponto somos banhados por radiações eletromagnéticas das variadas frequências do espectro. Podemos dizer que o sol é uma das fontes de radiações predominantes que definem o meio ambiente no qual nós, como uma espécie, temos evoluído e nos adaptado. Somos também banhados por radiações de rádio, televisão, microondas de sistema de radar e de sistemas de telefonia, bem como radiações provenientes de lâmpadas, máquinas de raios X, relâmpagos, ondas provenientes de motores aquecidos, de estrelas distantes, de materiais radioativos e de outras galáxias. Com os fundamentos das teorias sobre ondas eletromagnéticas, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).
Uma onda eletromagnética pode ser desviada por um campo magnético.
Em um meio não dispersivo, a frequência da luz depende da velocidade.
No vácuo, a velocidade da luz não depende do comprimento de onda e nem da frequência.
Em meio dispersivo, a velocidade da luz depende da frequência.
No vácuo, a velocidade da luz depende da velocidade da fonte.
A figura da esquerda mostra um êmbolo no interior de um cilindro que está contido no interior de uma câmara. O cilindro está imerso em água com gelo, e a câmara isola termicamente todo o sistema das vizinhanças. O ar contido no interior do cilindro está em equilíbrio térmico com todo o sistema a 0 ºC e sua pressão é igual à pressão atmosférica externa. O cilindro pode trocar calor apenas com a água, o ar e o gelo. Em seguida, é colocado um tijolo bruscamente sobre o êmbolo, comprimindo rapidamente o ar no interior do cilindro. Após um certo tempo, todo o sistema água e gelo volta novamente ao equilíbrio térmico de 0 ºC, mas a pressão do ar, no interior do cilindro, fica maior que a pressão atmosférica. Com fundamentos na termodinâmica e considerando que o ar é um gás ideal e que não há vazamentos, é correto afirmar:
O produto da pressão do ar pelo volume que ele ocupa é igual nas duas situações de equilíbrio.
Na situação representada pela figura da direita, existe menos massa de gelo que na situação representada pela figura da esquerda.
A partir da situação representada pela figura da esquerda, até a situação representada pela figura da direita, a transformação sofrida pelo ar pode ser compreendida por dois processos termodinâmicos, o primeiro adiabático e o segundo isobárico.
A partir da situação representada pela figura da esquerda até a situação representada pela figura da direita, a temperatura do ar permaneceu sempre constante.
Não haverá troca de calor entre o cilindro e a água, mesmo depois de jogar o tijolo e esperar atingir o novo equilíbrio.
O acelerador LHC colidiu dois prótons, girando em trajetórias circulares com sentidos opostos, sendo um no sentido horário e o outro no sentido anti horário, veja a figura. Considere que as trajetórias dos prótons antes da colisão eram mantidas circulares devido unicamente à interação de campos magnéticos perpendiculares ao plano das órbitas dos prótons. Com fundamentos no eletromagnetismo, é correto afirmar:
A finalidade do campo magnético é apenas mudar a direção da velocidade dos prótons.
A finalidade do campo magnético é aumentar a energia cinética dos prótons.
O próton que está girando no sentido anti horário está submetido a um campo magnético que possui um sentido que está entrando no plano da página.
A força magnética aplicada em cada próton possui direção tangente à trajetória.
A força magnética aplicada em cada próton não realiza trabalho.
Leia o fragmento do poema “Canção do vento e da minha vida”, de Manuel Bandeira, e responda à questão a seguir.
O vento varria as folhas, O vento varria os frutos, O vento varria as flores... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De frutos, de flores, de folhas.
Tanto o verbo varrer quanto o adjetivo cheia regem complementos. Observe a presença ou a ausência de preposição nesses dois casos e responda:
Varrer é um verbo transitivo indireto, o que pressupõe uma ação indireta do eu lírico sobre as coisas que o circundam.
O termo vento é sujeito do verbo varrer que se liga diretamente aos seus complementos.
O valor semântico da preposição de em “cheia de...” é o de qualidade, caráter.
Os complementos do adjetivo cheia – frutos, flores, folhas – ligados a ele com o auxílio da preposição de exercem a função sintática de complemento nominal.
A função sintática dos complementos do verbo varrer é a de objeto indireto.
Após ler o fragmento do poema, responder quais as afirmativas corretas a respeito da ausência da preposição após o verbo “varrer” e o adjetivo “cheia”.
As afirmativas corretas são:
2) O termo vento é sujeito do verbo varrer que se liga diretamente aos seus complementos.
8) Os complementos do adjetivo cheia – frutos, flores, folhas – ligados a ele com o auxílio da preposição de exercem a função sintática de complemento nominal.
As afirmativas incorretas são:
1) Está incorreta, pois o verbo varrer é transitivo DIRETO e não indireto.
4) Está incorreta, pois o valor da preposição “de”, em “cheia de” é o de conteúdo.
16) Está incorreta a função sintática dos complementos do verbo varrer é de OBJETO DIRETO e não indireto.
Avalie as duas frases que seguem:
I. Ela cheirava à flor de romã. II. Ela cheirava a flor de romã.
Considerando o uso da crase, é correto afirmar:
As duas frases estão escritas adequadamente, dependendo de um contexto.
As duas frases são ambíguas em qualquer contexto.
A primeira frase significa que alguém exalava o perfume da flor de romã.
A segunda frase significa que alguém tem o perfume da flor de romã.
O “a” da segunda frase deveria conter o acento indicativo da crase.
Esta questão pede para marcarmos uma ou mais das afirmativas que estiverem corretas quanto ao uso (ou não) da crase nas duas frases apresentadas:
As afirmativas corretas são a afirmativa 1 “As duas frases estão escritas adequadamente, dependendo de um contexto” e a afirmativa 4 “A primeira frase significa que alguém exalava o perfume da flor de romã”.
A afirmativa 2 “As duas frases são ambíguas em qualquer contexto” não está correta pois a utilização da crase na frase 1 dá-nos a entender que “ela tinha cheiro de flor de romã” enquanto a não utilização da crase na frase 2 faz-nos entender que “ela estava cheirando uma flor de romã”.
A afirmativa 8 “A segunda frase significa que alguém tem o perfume da flor de romã” não está correta porque este é o significado da primeira frase e não da segunda.
A afirmativa 16 “O ‘a’ da segunda frase deveria conter o acento indicativo da crase” está correta, pois se na segunda frase houvesse o acento grave, as duas frases significariam exatamente a mesma coisa, e a frase não está incorreta, nem semanticamente, nem sintaticamente.