Selecionamos as questões mais relevantes da prova de vestibular UFPB 2008. Confira! * Obs.: a ordem e número das questões aqui não são iguais às da prova original.
A territorialização dos movimentos sociais que lutam pela terra e pela reforma agrária no Brasil é o que há de mais novo no processo de democratização da sociedade brasileira, no sentido da reivindicação dos direitos pela posse e pelo uso social da terra. Nesse sentido, “o território da luta pela terra” não é um espaço concreto em si, com seus atributos naturais e sociais construídos, ocupado e apropriado por um grupo social sob a identidade coletiva dos Sem-Terra. É a complexa soma de relações sociais, logo de poder, que os grupos, as identidades e as classes implicadas na luta pela terra e pela reforma agrária projetam no espaço.
A partir das considerações apresentadas, numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª, associando cada expressão a seu(s) respectivo(s) significado(s).
A sequência correta é:
2, 2, 3, 1
1, 1, 2, 3
3, 2, 1, 3
3, 3, 1, 2
1, 1, 2, 2
(Adaptado) A Renascença ou Renascimento foi um movimento artístico e científico ocorrido na Europa entre os séculos XV e XVI. Sobre esse movimento, identifique a(s) afirmativa(s) verdadeira(s):
A utilização de métodos experimentais e de observação da natureza e do universo orientou a ação dos cientistas durante o Renascimento. O período demarca, ainda, o início de um processo de maior valorização da razão humana e do indivíduo.
O Renascimento, baseado na ideologia absolutista, foi um movimento de valorização do mundo rural. Essa característica pode ser entendida pela forte influência dos mecenas, uma vez que todos eles eram vinculados à agricultura.
O Renascimento surge no período de transição da sociedade medieval para a sociedade moderna e representa uma nova visão de mundo. Suas principais características eram o racionalismo e o antropocentrismo.
Uma das mudanças propiciadas pela cultura renascentista foi a valorização da natureza, em contraste com as explicações sobrenaturais sobre o mundo.
Sobre os povos indígenas no Brasil, pode-se afirmar:
I. Eles viviam em aldeias formadas por grandes casas, cada uma delas habitada por dezenas de pessoas ligadas pelo casamento e parentesco. Embora não tivessem chefes formais, os seus grandes guerreiros detinham um enorme prestígio, o que lhes permitia alguns privilégios, como o de possuírem várias esposas.
II. Alguns desses povos, como os Potiguara da Paraíba, ofereceram grande resistência à colonização portuguesa, enquanto outros, como os Tupiniquim de São Paulo, apoiaram os europeus em suas guerras contra outros povos tupis. Os portugueses utilizaram muito bem as rivalidades entre os índios como arma de conquista.
III. Os tupis possuíam uma economia bastante simples, baseada no cultivo de plantas, como trigo e milho, e na criação de pequenos animais, como cabras e galinhas. Algumas aldeias possuíam pequenos celeiros, onde a produção era armazenada e monopolizada pelos chefes hereditários.
Está(ão) correta(s) apenas:
II
II e III
I
I e II
III
O texto, a seguir, retrata uma das mais tristes páginas da história do Brasil: a escravidão.
“O bojo dos navios da danação e da morte era o ventre da besta mercantilista: uma máquina de moer carne humana, funcionando incessantemente para alimentar as plantações e os engenhos, as minas e as mesas, a casa e a cama dos senhores – e, mais do que tudo, os cofres dos traficantes de homens.” (Fonte: BUENO, Eduardo. Brasil: uma história: a incrível saga de um país. São Paulo: Ática, 2003. p. 112).
“O bojo dos navios da danação e da morte era o ventre da besta mercantilista: uma máquina de moer carne humana, funcionando incessantemente para alimentar as plantações e os engenhos, as minas e as mesas, a casa e a cama dos senhores – e, mais do que tudo, os cofres dos traficantes de homens.”
(Fonte: BUENO, Eduardo. Brasil: uma história: a incrível saga de um país. São Paulo: Ática, 2003. p. 112).
Sobre a escravidão como atividade econômica no Brasil Colônia, é correto afirmar:
As pressões inglesas, para que o tráfico de escravos continuasse, aumentaram após 1850. Porém, no Brasil, com a Lei Eusébio de Queiróz, ocorreu o fim do tráfico intercontinental e, praticamente, desapareceu o tráfico interno entre as regiões.
A mão-de-obra escrava no Brasil, diferente de outros lugares, não era permitida em atividades econômicas complementares. Por isso, destinaram-se escravos exclusivamente às plantações de cana-de-açúcar, às minas e à produção do café.
A compra e posse de escravos, durante todo o período em que perdurou a escravidão, só foi permitida para quem pudesse manter um número de, pelo menos, 30 cativos. Essa proibição justificava-se, devido aos altos custos para se ter escravos.
Muitos cativos, no início da escravidão, conseguiam a liberdade, após adquirirem a carta de alforria. Isso explica o grande número de ex-escravos que, na Paraíba, conseguiram tornar-se grandes proprietários de terras.
Os escravos, amontoados e em condições desumanas, eram transportados da África para o Brasil, nos porões dos navios negreiros, como forma de diminuição de custos. Com isso, muitos cativos morriam antes de chegarem ao destino.
Sobre a chamada Revolução Puritana, na Inglaterra, iniciada em 1640, é INCORRETO afirmar:
A Inglaterra passava por grandes modificações sociais com o desenvolvimento do capitalismo. Essas modificações criaram uma série de tensões entre a nobreza (os Lordes) e a burguesia urbana, que havia se aliado, política e militarmente, aos pequenos proprietários rurais, camponeses e proletários.
A Revolução Puritana foi encerrada no momento da assinatura da Declaração de Direitos (Bill of Rights) pelo Rei Carlos I. Por esse ato, o monarca aceitava que seus poderes sofressem limitações, tais como a proibição de recrutamento do exército e de criação de impostos sem a aprovação do Parlamento.
As disputas religiosas permeavam os conflitos políticos, mantendo fortes conexões com os mesmos. Uma das principais causas da Revolução foi a tentativa de imposição da religião oficial anglicana aos escoceses, majoritariamente presbiterianos, e aos calvinistas ingleses, chamados de puritanos.
A disputa de poder entre o Rei e o Parlamento levou à eclosão da guerra civil, entre o exército real, comandado por nobres, e o exército do Parlamento, comandado pelo puritano Oliver Cromwell. No exército de Cromwell, era marcante a presença de vários segmentos sociais, que, inclusive, assumiram postos de comando por critério profissional e não por linhagem.
A crise política e social permitiu o aparecimento de vários grupos radicais, como os “niveladores” (levellers) e “cavadores” (diggers). Tais grupos buscavam estabelecer uma democracia social de cunho revolucionário, que assegurasse a total liberdade religiosa e a abolição da propriedade privada da terra.
O mundo do trabalho, entre 1760 e 1850, passou por um conjunto de mudanças, tanto no campo econômico como no campo social. As inovações tecnológicas tiveram grande importância nesse processo, conhecido como Primeira Revolução Industrial. Sobre essa temática, pode-se afirmar:
I. A Primeira Revolução Industrial, apesar de também ser conhecida como Revolução Industrial Inglesa, não ocorreu apenas na Inglaterra. Na verdade, as principais inovações tecnológicas do período ocorreram na França, na Península Ibérica e na Alemanha.
II. A tradicional produção de tecidos de lã, durante a Revolução Industrial Inglesa, continuou ativa. No entanto, foi a produção de tecidos de algodão que melhor expressou os aspectos revolucionários da produção fabril.
III. As mudanças promovidas pela Primeira Revolução Industrial ocorreram em vários âmbitos. Na esfera da produção, os três setores mais atingidos foram: a mineração de carvão, a indústria têxtil e a siderurgia.
I e III
A imagem, abaixo, reproduz um ajuntamento de negros e mestiços.
Ajuntamentos semelhantes ao da gravura tornaram-se freqüentes na cidade de Salvador-Capitania da Bahia, nos fins do século XVIII e primeiras décadas do século XIX. Em 1798, eclodia a Conjuração Baiana contra o governo metropolitano português instalado na capitania, envolvendo segmentos sociais subalternos. Sobre a Conjuração Baiana, é INCORRETO afirmar:
A Conjuração Baiana, comparada à Inconfidência Mineira, guarda semelhanças e diferenças: os dois movimentos defendiam a criação de uma república, mas, enquanto os inconfidentes de Vila Rica omitiram-se em relação à escravidão, os de Salvador propunham a sua abolição.
A Conjuração Baiana também ficou conhecida como Revolta dos Alfaiates, porque teve como participantes: artesãos e pequenos comerciantes, tais como alfaiates, além de soldados, religiosos, intelectuais e outros integrantes das camadas populares.
O movimento de 1798 demonstrou que, apesar do controle ideológico exercido pela metrópole portuguesa sobre a sua Colônia americana, o Brasil não ficou imune às correntes liberais de pensamento em circulação, naquele momento, na Europa e nos Estados Unidos.
A revolta baiana foi um movimento restrito apenas aos escravos e seus descendentes, que mantinham contactos freqüentes com os ex-escravos do Haiti, após a revolta destes e a conseqüente abolição da escravidão naquela colônia francesa.
A insurreição baiana teve uma abrangência social mais ampla do que a Inconfidência Mineira, não apenas pelos segmentos sociais participantes daquele movimento, mas porque propunha mudanças mais profundas, tais como o fim dos privilégios econômicos e sociais.
Há quase 200 anos, em 29 de novembro de 1807, zarpava de Portugal uma esquadra conduzindo a Família Real portuguesa para a sua Colônia americana, onde chegou em janeiro de 1808. Esse acontecimento teve muitos desdobramentos para o processo de autonomização política do Brasil.
Sobre esse acontecimento e alguns de seus efeitos históricos, pode-se afirmar:
I. A fuga da Família Real portuguesa insere-se no bojo da disputa de hegemonia econômico-política entre a Inglaterra e a França, sendo Portugal um país-satélite nesse jogo. A transmigração para o Brasil, já cogitada pela realeza lusitana em outras ocasiões, foi uma engenhosa solução para que D. João não cedesse às pressões de Napoleão para que Portugal apoiasse a França contra a Inglaterra.
II. Uma das primeiras medidas tomadas pelo Príncipe Regente D. João, após sua chegada ao Brasil, foi a reafirmação do exclusivo colonial para a metrópole, consolidando o poder da burguesia comercial portuguesa. Essa medida causou revolta na elite agrária colonial nortista, especialmente a paraibana, que tinha expectativas de melhores condições de comercialização para seus produtos mediante uma política econômica liberal.
III. A instalação do Estado português na Colônia significou a interiorização da metrópole, criando um centro de decisão (Rio de Janeiro) mais próximo dos súditos coloniais. Esse núcleo de poder possibilitou a aglutinação de algumas províncias (o chamado Sul: Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo), que polarizaram a construção da futura unidade política brasileira, com certa secundarização das províncias do Norte (hoje Nordeste).
Está(ão) correta(s):
Apenas II
Apenas I e II
I, II e III
Apenas I
Apenas I e III
Em uma prova de rali, um carro percorreu 85% do percurso. Sabendo-se que faltam 180 km para completar a prova, é correto afirmar que o percurso total desse rali é:
2100 km
1020 km
1120 km
1210 km
1200 km
Uma máquina térmica ideal realiza um trabalho de 750J por ciclo (de Carnot), quando as temperaturas das fontes são 400oK e 100oK. Nesse sentido, para que uma máquina térmica real apresente a mesma eficiência e realize, por ciclo, o mesmo trabalho que a máquina ideal, o calor recebido e o calor rejeitado são respectivamente:
1000J e 250J
750J e 500J
1250J e 50J
850J e 150J
950J e 350J